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Economia

- Publicada em 25 de Fevereiro de 2016 às 22:00

Suspeitas repercutem na BM&FBovespa, e ações da metalúrgica e da siderúrgica desabam

Rafael Vigna
Como era de se esperar, a 6ª etapa da Operação Zelotes, deflagrada na manhã desta quinta-feira, com foco em suspeitas envolvendo a Gerdau, afetou em cheio o desempenho das ações da companhia na BM&FBovespa. Ao longo do pregão, contaminados pela onda de mandados cumpridos pela Polícia Federal, os já bastante debilitados papéis GOAU4 (Gerdau Metalúrgica) e GGBR4 (Gerdau Siderúrgica) desabaram 10,85% e 4,77%, respectivamente, encerrando o dia cotados a R$ 1,15 e R$ 3,59.
Como era de se esperar, a 6ª etapa da Operação Zelotes, deflagrada na manhã desta quinta-feira, com foco em suspeitas envolvendo a Gerdau, afetou em cheio o desempenho das ações da companhia na BM&FBovespa. Ao longo do pregão, contaminados pela onda de mandados cumpridos pela Polícia Federal, os já bastante debilitados papéis GOAU4 (Gerdau Metalúrgica) e GGBR4 (Gerdau Siderúrgica) desabaram 10,85% e 4,77%, respectivamente, encerrando o dia cotados a R$ 1,15 e R$ 3,59.
Por isso, a queda em 12 meses associada às ações preferenciais da Gerdau Metalúrgica (GOAU4) supera os 89,5%. No ano, o ativo sofreu uma depreciação superior a 28%. Na mesma linha, a desvalorização da GGBR4 atingiu 64,7% na comparação com 25 de fevereiro de 2015, quando era negociada a R$ 10,19. Em 2016, o tombo já ultrapassa 20%. A precipitação das ações da companhia é fruto de uma conjuntura desfavorável, dada pelo predomínio da China na produção de aço.
O cenário foi intensificado em 2014, quando a GOUA4 era negociada a R$ 22,59, em 2 de janeiro de 2014, e a GGBR4 precificada a R$ 18,24, na mesma data. Desde o início do ano, muitos relatórios passaram a indicar com maior veemência a compra desses ativos. As justificas apontavam para a baixa precificação.
No entanto, o abalo institucional gerado pelas buscas e apreensões em sedes administrativas do grupo, além da condução coercitiva do presidente do Conselho de Administração, André Gerdau Johannpeter, à sede da Polícia Federal, em São Paulo, pode, inclusive, sepultar a retomada de precificações mais próximas ao valor de mercado da companhia centenária. Havia também, conforme explica o sócio da Monte Bravo Investimentos, Felipe Portella, uma leve modificação nos custos e na competitividade da empresa.
Para o analista, os ventos mudaram e os desdobramentos da operação produzirão efeitos mais negativos do que as eventuais melhorias nesses fundamentos. "O investidor estrangeiro preza muito pela transparência, e um golpe na imagem institucional dessa natureza deve gerar danos duradouros ao papel", defende. Já o sócio-diretor da Fundamenta Investimentos, Valter Bianchi Filho, acrescenta na conta das avaliações positivas o reajuste dos preços internos do aço e as especulações sobre uma possível medida protecionista para o setor.
 
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