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Consumo

- Publicada em 22 de Fevereiro de 2016 às 17:43

Número de lojas extintas supera o de criadas

 Fachada da Loja Bronzatto da Rua Vig. José Inácio    na foto: Loja Bronzatto, fechada

Fachada da Loja Bronzatto da Rua Vig. José Inácio na foto: Loja Bronzatto, fechada


ANTONIO PAZ/JC
O número de fechamento de lojas do comércio varejista da Capital, representadas pelo Sindilojas Porto Alegre, vem aumentando em ritmo muito mais acelerado do que o índice de aumento de novas empresas constituídas. Dados da Junta Comercial do Rio Grande do Sul mostram que, no último semestre de 2015, foram extintos 1.081 estabelecimentos varejistas em Porto Alegre, sendo que no mesmo período, somente 949 empresas do setor foram abertas.
O número de fechamento de lojas do comércio varejista da Capital, representadas pelo Sindilojas Porto Alegre, vem aumentando em ritmo muito mais acelerado do que o índice de aumento de novas empresas constituídas. Dados da Junta Comercial do Rio Grande do Sul mostram que, no último semestre de 2015, foram extintos 1.081 estabelecimentos varejistas em Porto Alegre, sendo que no mesmo período, somente 949 empresas do setor foram abertas.
Segundo o presidente do Sindicato, Paulo Kruse, esse é mais um dos termômetros que mostram a grande intensidade da crise econômica sobre o comércio. "A falta de incentivos para o setor, a queda na confiança de empresários e consumidores, somados a inflação e juros elevados, impõe um cenário nada promissor para o varejo", ressalta.
O segmento de vestuário e acessórios lidera o ranking das empresas que encerraram as atividades no segundo semestre de 2015, ao todo 191 lojas fecharam. A segunda posição do ranking é ocupada pelo setor de souvenirs, bijuterias e artesanato, em que foram encerrados 77 negócios. Já em relação aos segmentos de cosméticos, produtos de perfumaria e higiene pessoal, 74 estabelecimentos terminaram as operações.
De acordo com Kruse, em meio à recessão que o Brasil está vivendo, as empresas precisam se reinventar e se preocupar com o capital de giro. "Quem não inovar, está fadado ao fracasso. A mudança é necessária já que os valores dos itens básicos aumentaram e muito nos últimos tempos, fazendo com que o consumidor diminua os gastos em itens como roupas, calçados e cosméticos", conclui.
 

Intenção de consumo das famílias gaúchas cai 37,5% em fevereiro, aponta Fecomércio-RS

A pesquisa Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou 69,1 pontos em fevereiro, o que representa um recuo de 37,5% em relação ao mesmo período do ano passado e de 5,7% na comparação com o mês anterior. Frente ao mesmo mês de 2015, o ICF apresentou queda significativa em todos os seus componentes. Os dados que evidenciam a continuidade do indicador em patamar pessimista são da Fecomércio-RS. Como o cenário econômico persiste bastante negativo, com forte impacto sobre as condições financeiras e de confiança das famílias, os resultados de fevereiro mantêm o ICF em nível significativamente pessimista, sem alterações em relação ao verificado em meses anteriores", comenta o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. De acordo com o dirigente, a rápida deterioração do mercado de trabalho, a inflação alta e os juros elevados reduzem o ímpeto de compra das famílias. "Soma-se a isso o cenário de instabilidade política, que representa uma fonte de incerteza em relação ao futuro e também acaba afetando a segurança das famílias para consumir e tomar crédito", complementa. O indicador que mede a segurança com relação à situação do emprego caiu 14,7% sobre fevereiro do ano passado, aos 106,2 pontos.