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Economia

- Publicada em 12 de Fevereiro de 2016 às 20:51

PIB da zona do euro mostra crescimento fraco da região

A economia da zona do euro cresceu 0,3% nos últimos três meses do ano passado em relação ao terceiro trimestre. O desempenho foi similar ao estimado por analistas, mas insuficiente para diminuir os pedidos por novas medidas de estímulo pelo Banco Central Europeu (BCE).
A economia da zona do euro cresceu 0,3% nos últimos três meses do ano passado em relação ao terceiro trimestre. O desempenho foi similar ao estimado por analistas, mas insuficiente para diminuir os pedidos por novas medidas de estímulo pelo Banco Central Europeu (BCE).
O resultado, fraco, chama atenção porque aconteceu em um período em que a economia europeia teve algumas vantagens: o euro perdeu força, o que favorece o setor exportador, e a queda da cotação do petróleo derrubou o preço dos combustíveis, o que permitiria, em tese, que os consumidores gastassem mais em outros produtos.
Nem isso, porém, foi suficiente para que a economia do bloco de 19 países acelerasse para um ritmo capaz de gerar mais empregos rapidamente. A taxa de desemprego da região é de 10,4%,
Para economistas, o ritmo atual de crescimento não é capaz de gerar pressão inflacionária suficiente que leve o aumento de preços a um ritmo mais próximo ao desejado pelo BCE, de cerca de 2% ao ano --em janeiro, a inflação foi de 0,4%. "Continuamos a acreditar que mais afrouxamento monetário é necessário, com mais cortes de juros", disse o economista do banco ABN Amro Nick Kounis. O presidente do BCE, Mario Draghi, já indicou em janeiro que haverá mudança na política monetária da zona do euro, com uma nova injeção de estímulo. Uma das hipóteses é que o banco central aprofunde ainda mais a sua política de juros negativos, que passou a ser adotada em 2014.
Com essa estratégia, o BCE quer que as instituições financeiras emprestem dinheiro para consumidores e empresas, em vez de deixá-lo depositado no banco central, já que, na prática, elas teriam prejuízo. Essa estratégia já é adotada por países como Dinamarca, Suíça e Suécia e recentemente também passou a ser utilizada pelo Japão.
Um outro argumento em defesa de novas medidas de estímulo é que a produção industrial da zona do euro caiu 1% em dezembro em relação ao mês anterior. Analistas esperavam alta de 0,3%.
Na comparação por países, o crescimento do PIB espanhol foi um dos raros destaques, com alta de 0,8% na comparação com o terceiro trimestre do ano passado. Eslováquia e Estônia também tiveram crescimentos fortes. A Alemanha, maior economia do bloco, registrou crescimento econômico moderado. Gastos mais altos do Estado compensaram o desempenho fraco do comércio exterior. O PIB alemão cresceu 0,3% nos últimos três meses de 2015, na mesma taxa do trimestre anterior. A França, segundo maior economia do bloco, teve expansão de 0,2% de outubro a dezembro. Na Itália, o PIB cresceu 0,1% no quarto trimestre, gerando preocupações de que a retomada econômica iniciada no ano passado após três anos de recessão possa estar enfraquecendo. A Grécia engrenou o segundo trimestre de retração, com queda de 0,6%. Somente o país e a Finlândia tiveram contração no quarto trimestre de 2015 entre os países do euro que já divulgaram seus resultados do PIB.
Folhapress
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