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Economia

- Publicada em 12 de Fevereiro de 2016 às 18:31

Aumento médio de 24% nos preços de papel preocupa a indústria, diz Abigraf

O aumento médio de 24% nos preços de papel aplicado pela Suzano Papel e Celulose desde o início deste mês foi seguido por toda a indústria, revelou o presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf Nacional), Levi Ceregato. Segundo ele, as altas atingiram as linhas de cut size, off set, couché e cartão. O reajuste, no entanto, passa a ser questionado pelos clientes. Analistas que cobrem o setor de papel e celulose também começam a duvidar do sucesso da implementação dos ajustes, diante do questionamento desses clientes.
O aumento médio de 24% nos preços de papel aplicado pela Suzano Papel e Celulose desde o início deste mês foi seguido por toda a indústria, revelou o presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf Nacional), Levi Ceregato. Segundo ele, as altas atingiram as linhas de cut size, off set, couché e cartão. O reajuste, no entanto, passa a ser questionado pelos clientes. Analistas que cobrem o setor de papel e celulose também começam a duvidar do sucesso da implementação dos ajustes, diante do questionamento desses clientes.
Em novembro, a Suzano informou que, a partir de fevereiro, aplicaria um aumento de 24,3% no papel cut size e de 23,8% no off set. A empresa também havia falado da intenção de elevar os valores em papel cartão, mas não confirmou o percentual. O papel revestido seria o único a não ter ajustes.
Procurada, a Suzano confirmou os aumentos em cut size e off set. Em papel cartão, a empresa informou que foi realizado o ajuste, mas não informou os valores. Diante dessa alta acima da registrada em 2015, que havia sido de 12%, a Abigraf enviou carta aos dirigentes da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá) e Associação Nacional dos Distribuidores de Papel (Andipa) manifestando a preocupação do setor gráfico com as altas. "Teve aumento de mão de obra, de energia elétrica, de insumos químicos e agora fomos surpreendidos por esse aumento da indústria de papel", disse Ceregato, que complementou: "Nós estamos no Brasil, com produção e comercialização aqui. Se começar a referenciar tudo pelo dólar, entraremos em uma espiral inflacionária muito alta", disse.
Sobre a possibilidade de importação de produtos pela indústria gráfica, Ceregato disse que fica difícil, pois o Imposto de Importação é de 15%, além do impacto da desvalorização cambial. "Nessa queda de braço com os fabricantes de papel, a gente não tem como fazer prevalecer a lei de oferta e procura", comentou.
Procurada, a Ibá disse que não comenta aumento de preços. Já a Andipa informou, em nota, que entende que, como na celulose e nas demais commodities, o preço do papel pode oscilar conforme o câmbio e o mercado internacional. O ponto principal, no entanto, está no percentual de reajuste. "Ainda que represente a diferença represada no preço do papel, consideramos que o aumento agora é preocupante e trará impactos significativos a todos os segmentos usuários do papel", informou a associação, em nota.
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