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Economia

- Publicada em 11 de Fevereiro de 2016 às 20:36

Produtores de arroz pressionam por linha de crédito

Uma comitiva do Rio Grande do Sul esteve em Brasília nesta quinta-feira para negociar ajuda aos produtores de arroz prejudicados pelas fortes chuvas do final do ano passado. A principal reivindicação é a abertura de uma linha de crédito especial para os agricultores que tiveram perdas e estão descobertos.
Uma comitiva do Rio Grande do Sul esteve em Brasília nesta quinta-feira para negociar ajuda aos produtores de arroz prejudicados pelas fortes chuvas do final do ano passado. A principal reivindicação é a abertura de uma linha de crédito especial para os agricultores que tiveram perdas e estão descobertos.
Apesar de reforçar a pressão junto ao governo federal, o setor admite que o pedido pode esbarrar no ajuste fiscal. "O Ministério da Agricultura é solidário à nossa proposta, mas fatalmente dependerá de uma mobilização política importante, porque as restrições de orçamento estão se impondo a todas as áreas", afirmou o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz-RS), Henrique Dornelles.
A delegação gaúcha apresentou números aos técnicos do ministério. De acordo com dados do Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga), os alagamentos atingiram 14% da área total cultivada no Estado, de cerca de 1 milhão de hectares. Mais de 2 mil lavouras foram castigadas, basicamente na Fronteira-Oeste e na Região Central. Além disso, em 3,6% da área, ou 39 mil hectares, houve perdas consolidadas. Segundo Dornelles, os problemas ocasionaram em até 700 mil toneladas perdidas, o que representa um prejuízo de R$ 500 milhões. Ele esclarece que a linha de crédito pleiteada não precisaria chegar a este valor, já que atenderia somente os produtores que estão "totalmente desamparados".
São aqueles que não se enquadram no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), não poderão buscar o alongamento normal de suas dívidas previsto no Manual do Crédito Rural (MCR), e tampouco têm seguro rural contratado. "Ainda estamos mapeando para saber exatamente quantos produtores de fato precisariam da linha de crédito", explicou. Ele defende que o prazo de pagamento seja de 8 a 10 anos.
Os integrantes da comitiva querem continuar a negociação no fim deste mês, quando esperam receber no Estado o secretário de Política Agrícola, André Nassar, ou a própria ministra da Agricultura, Kátia Abreu, na abertura oficial da colheita do arroz, que ocorrerá na cidade de Alegrete entre 18 e 20 de fevereiro. "Queremos que eles estejam na abertura da colheita, mas não esperamos uma resposta sobre a linha de crédito na ocasião. Sabemos que vai demorar, que depende do Planejamento e da Fazenda", disse Dornelles.
O secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, Ernani Polo, que integrou a delegação gaúcha que esteve em Brasília, disse que, nos próximos dias, será formulado um documento oficial com as reivindicações do setor, para entregar preferencialmente à ministra Kátia Abreu na abertura da colheita.
Por enquanto, a percepção é de que o governo reconhece a importância de evitar uma queda na área plantada no Rio Grande do Sul - que é o maior produtor nacional do cereal -, mas que a atual situação vivida pelo Brasil pode ser um empecilho para se chegar a um acordo. O Banco do Brasil seria provavelmente o agente financeiro responsável por operar a linha de crédito, mas os recursos teriam de sair do Tesouro.
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