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Economia

- Publicada em 11 de Fevereiro de 2016 às 19:29

Contra corrupção, notas de 500 poderão acabar

 (FILES) This file photo taken on May 14, 2001 in Paris shows a 500 euros banknote.   The European Central Bank is to decide on whether to keep printing 500-euro banknotes, as authorities increasingly suspected that the notes were being used for illicit purposes.  / AFP / THOMAS COEX / ALTERNATIVE CROP

(FILES) This file photo taken on May 14, 2001 in Paris shows a 500 euros banknote. The European Central Bank is to decide on whether to keep printing 500-euro banknotes, as authorities increasingly suspected that the notes were being used for illicit purposes. / AFP / THOMAS COEX / ALTERNATIVE CROP


THOMAS COEX / ALTERNATIVE CROP /AFP/JC
A maioria dos europeus nunca teve uma nota de ¤ 500 nas mãos, e talvez não venha a tê-la. Para reduzir a comodidade de corruptos, traficantes e terroristas que fizeram dela sua moeda preferida, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, anunciou estudos para retirar essas notas de circulação.
A maioria dos europeus nunca teve uma nota de ¤ 500 nas mãos, e talvez não venha a tê-la. Para reduzir a comodidade de corruptos, traficantes e terroristas que fizeram dela sua moeda preferida, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, anunciou estudos para retirar essas notas de circulação.
A forma da mudança ainda não foi detalhada, mas, depois de resistir durante anos, o dirigente do BCE parece ter se decidido. "Queremos fazer mudanças, mas de maneira organizada. Posso assegurar que estamos decididos a que a produção do dinheiro não proporcione nenhuma comodidade aos criminosos", disse Draghi no Parlamento Europeu, em Estrasburgo (França), na semana passada.
Autoridades policiais no mundo todo detectaram que as notas de ¤ 500, por seu alto valor de face, substituíram há anos os bilhetes de US$ 100 como objeto de desejo de criminosos e corruptores que fazem pagamentos em espécie. Relatório intitulado "Cash is king" ("O dinheiro vivo reina"), do Europol (Serviço Europeu de Polícia, com sede em Haia, na Holanda), incumbido do intercâmbio de informações dentro da União Europeia, indica que o dinheiro vivo ainda é o instrumento mais usado em atividades criminosas e lavagem de dinheiro. "Apesar da mudança rápida da face da criminalidade e do aumento dos crimes cibernéticos e das fraudes eletrônicas, os métodos de lavagem de dinheiro continuam sendo majoritariamente os tradicionais, tanto por necessidade como por escolha", afirma o relatório do Europol.
Segundo os dados da instituição, há cerca de ¤ 1 trilhão de euros em circulação. As notas de
¤ 500 respondem por cerca de 30% do valor total que está disponível para troca de mãos. Mesmo assim, uma pesquisa do BCE indica que 56% dos europeus nunca viram a cor arroxeada de uma nota de ¤ 500. "Aqui na Espanha, as notas de ¤ 500 chegaram a ser chamadas de (Osama) Bin Laden, porque todo mundo fala delas, mas ninguém nunca pôs a mão em uma", conta Jesús Sánchez Lambás, fundador da Transparência Internacional no país.
Segundo a Europol, as notas de ¤ 500 respondem por apenas 0,8% dos casos conhecidos de bilhetes forjados. Mais comuns são as falsificações de notas de ¤ 20 (46,5% do total apreendido) e de ¤ 50 (34,7%).
Parece ser mesmo um dinheiro destinado a ser escondido debaixo do colchão. Ou ingressado em contas em paraísos fiscais. Agora, pode estar com os dias contados.
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