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Energia

- Publicada em 09 de Fevereiro de 2016 às 17:32

Produção brasileira de petróleo recua em janeiro

 AN OIL PLATFORM IS UNDER TOW BY SUPPLY BOATS NEAR IN MAGE, DEEP INTO THE BAY OF GUANABARA, RIO DE JANEIRO, BRAZIL, ON JULY 3, 2012.  AFP PHOTO / CHRISTOPHE SIMON

AN OIL PLATFORM IS UNDER TOW BY SUPPLY BOATS NEAR IN MAGE, DEEP INTO THE BAY OF GUANABARA, RIO DE JANEIRO, BRAZIL, ON JULY 3, 2012. AFP PHOTO / CHRISTOPHE SIMON


CHRISTOPHE SIMON/AFP/JC
A produção brasileira de petróleo caiu 100 mil barris diários no primeiro mês do ano. Os dados foram apresentados ontem pela manhã pela Agência Internacional do Petróleo (AIE) e revelam que, com essa retração, o Brasil respondeu por um quinto da queda da produção diária observada no conjunto de países que não fazem parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
A produção brasileira de petróleo caiu 100 mil barris diários no primeiro mês do ano. Os dados foram apresentados ontem pela manhã pela Agência Internacional do Petróleo (AIE) e revelam que, com essa retração, o Brasil respondeu por um quinto da queda da produção diária observada no conjunto de países que não fazem parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
De acordo com relatório da AIE, o Brasil produziu média diária de 2,53 milhões de barris de petróleo (bpd) no mês de janeiro. O volume é menor que a média de 2,63 milhões de barris observada em dezembro de 2015, mas continua superior ao resultado de novembro, quando o Brasil extraiu 2,43 milhões de barris diários. Dessa forma, o País deixou de produzir 100 mil barris diários no mês passado. Segundo a AIE, os brasileiros responderam por 20% da retração da produção observada no conjunto de todos os países de fora da Opep, onde a produção diminuiu em 500 mil barris no primeiro mês do ano.
A AIE prevê que, a despeito da acomodação dos números mais recentes, a produção do Brasil deve ter trajetória de ligeira recuperação. A entidade prevê volume médio de 2,55 milhões de barris no primeiro trimestre, 2,59 milhões de barris no segundo trimestre e 2,63 milhões de barris no terceiro trimestre de 2016.
No lado da demanda, a AIE prevê que o Brasil deve consumir média de 3,03 milhões de barris de petróleo no primeiro trimestre de 2016. O volume mostra contração de 4% na comparação com a média consumida no trimestre anterior e também em igual período do ano passado.
A entidade estima que, apesar da recessão, o mercado brasileiro vai acelerar ligeiramente a demanda por combustíveis, com volume médio de 3,09 milhões de barris no segundo trimestre, 3,19 milhões de barris no terceiro trimestre e 3,21 milhões de barris no quarto trimestre do ano. Assim, na média, o Brasil deve consumir 3,13 milhões de barris diários no ano, abaixo de 3,18 milhões do ano passado.

Agência não espera aumento dos preços do petróleo no curto prazo

 SWEETWATER, TX - JANUARY 19: An oil pumpjack works on January 19, 2016 in Sweetwater, Texas. Global oil prices continue their downward fall with U.S. oil dropping towards $27 a barrel, its lowest since 2003, on worries about global oversupply. Following a diplomatic agreement on nuclear fuel with America, Iran has forecast it will add 500,000 barrels per day to global production, following the lifting of sanctions.   Spencer Platt/Getty Images/AFP  == FOR NEWSPAPERS, INTERNET, TELCOS & TELEVISION USE ONLY ==

SWEETWATER, TX - JANUARY 19: An oil pumpjack works on January 19, 2016 in Sweetwater, Texas. Global oil prices continue their downward fall with U.S. oil dropping towards $27 a barrel, its lowest since 2003, on worries about global oversupply. Following a diplomatic agreement on nuclear fuel with America, Iran has forecast it will add 500,000 barrels per day to global production, following the lifting of sanctions. Spencer Platt/Getty Images/AFP == FOR NEWSPAPERS, INTERNET, TELCOS & TELEVISION USE ONLY ==


SPENCER PLATT/GETTY IMAGES/AFP/JC
A Agência Internacional da Energia (AIE) fez um alerta ontem contra as previsões otimistas que apontam para uma freada na queda dos preços do petróleo e assinalou que não percebe um aumento das cotações no curto prazo. Seu relatório sobre o mercado do petróleo correspondente ao mês de fevereiro desmontou as principais presunções sobre o excesso de oferta global, que fez os preços desabarem em mais de 70% no último ano e meio.
A AIE ressaltou que a persistente especulação sobre um acordo entre a Opep (Organização de Países Exportadores) e os principais produtores que não pertencem a esse cartel para reduzir a produção não é mais que uma conjectura.
Apesar da crença de que a produção não vai crescer tão fortemente em 2016 como em 2015, o Iraque alcançou em janeiro um novo recorde, há elementos que fazem pensar que os embarques da Arábia Saudita aumentaram e o Irã pôs o pé no acelerador após a suspensão das sanções.
A AIE também se mostra cética sobre a possibilidade de que a queda dos preços impulsione a demanda, e estima que o crescimento desta vai se desacelerar consideravelmente neste ano, até 1,2 milhão de barris diários, sem que haja evidências que conduzam a uma revisão em alta.
O organismo adverte que, embora a esperada queda da produção nos países que não pertencem à Opep poderia elevar os preços, sua previsão freia essa queda em 600 mil barris diários neste ano.
A AIE alerta igualmente que o excedente de oferta sobre a demanda na primeira parte de 2016 é maior que o previsto em seu relatório mensal anterior.
O organismo parte da suposição, "pode ser que otimista", que, se a produção de petróleoda Opep se mantiver estável em 32,7 milhões de barris diários no primeiro trimestre, haveria um aumento das reservas de 2 milhões de barris diários.
A possibilidade de que os membros da Opep decidam cortar a produção continua muito baixa neste momento, afirmou a consultoria Energy Aspects em nota. Segundo ela, as possíveis quedas na produção do Iraque e da Rússia ocorrem devido aos preços baixos da commodity, mas não devem ser vistas pela Arábia Saudita como um sinal de cortes voluntários.

Fontes de energia da China estão mudando, com menor espaço para o uso do carvão

Carvão deve perder espaço na matriz energética do país

Carvão deve perder espaço na matriz energética do país


AFP/JC
As fontes de energia da China estão mudando, com mais espaço para o gás, as energias renováveis e a nuclear, segundo Keisuke Sadamori, diretor de mercados de energia da Agência Internacional de Energia (AIE). Falando em Londres durante a Semana Internacional do Petróleo, o especialista afirmou que o crescimento da energia na China deve atingir um pico em 2030, mas, quando isso ocorrer, o país terá a maior capacidade mundial tanto para energias renováveis quanto para a nuclear, com um uso menor de carvão.
Sadamori disse que a recente queda na demanda chinesa por carvão é um importante fator a contribuir para os baixos preços do produto. Segundo ele, a ênfase maior em energia renovável, nuclear e no gás pode significar que o consumo de carvão atingiu um pico no país. Porém, o diretor da AIE acrescentou que o consumo de carvão pela Índia está aumentando e que ela deve substituir a China como o maior consumidor global de carvão, o que pode impulsionar os preços ao longo da próxima década.
O relatório mostra ainda que a demanda da China por energia continuará a superar a dos demais países até 2040, quando deverá ser ultrapassada pela da Índia. Sadamori disse aos delegados presentes no evento em Londres que Índia e China devem compensar a queda na demanda esperada nos países desenvolvidos no longo prazo. O especialista acrescenta ainda que um crescimento maior da demanda deve vir de nações emergentes do Oriente Médio.