A Bolsa de Tóquio registrou a maior queda percentual em dois anos e meio nesta terça-feira, influenciada por crescentes preocupações com a saúde do setor bancário global, em meio à desaceleração da economia e a tendência de fraqueza do petróleo. Outros mercados asiáticos permaneceram fechados em função do feriado do Ano-Novo chinês, que está sendo celebrado ao longo da semana.
O Nikkei, índice que reúne as empresas mais negociadas na capital do Japão, caiu 5,4%, na perda mais expressiva em um único dia desde junho de 2013, e encerrou o pregão a 16.085,44 pontos.
As ações japonesas foram particularmente afetadas pela valorização do iene, que durante a madrugada chegou a tocar o maior nível desde novembro de 2014 em relação ao dólar. A moeda japonesa foi favorecida por um movimento de aversão a risco, que levou os investidores a buscar ativos considerados "mais seguros". O iene forte torna as exportações japonesas menos competitivas e reduz o valor de lucros repatriados.
Além de temores com a piora da economia mundial, os papéis de bancos japoneses foram pressionados pela perspectiva de lucros menores após a recente decisão do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) de adotar uma política de taxa de juros negativa.
Dentro da região da Ásia-Pacífico, apenas a bolsa de Sydney, na Austrália, também funcionou. O índice S&P/ASX 200 recuou 2,88%, a 4.832 pontos. O índice MSCI, que reúne ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão, caiu mais de 1%, com ações na Austrália tendo alcançado o menor nível em 2 anos e meio.