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Economia

- Publicada em 09 de Fevereiro de 2016 às 16:57

Pessimismo leva bolsas europeias a sofrer queda

 A general view shows the German stock exchange in Frankfurt, Germany, on February 9, 2016. / AFP / DANIEL ROLAND

A general view shows the German stock exchange in Frankfurt, Germany, on February 9, 2016. / AFP / DANIEL ROLAND


DANIEL ROLAND/AFP/JC
As bolsas europeias fecharam em mais um dia em queda nesta terça-feira, diante do pessimismo renovado dos investidores sobre as perspectivas de crescimento da economia global. Os setores mais penalizados foram os de mineração e bancário.
As bolsas europeias fecharam em mais um dia em queda nesta terça-feira, diante do pessimismo renovado dos investidores sobre as perspectivas de crescimento da economia global. Os setores mais penalizados foram os de mineração e bancário.
A Bolsa de Londres fechou em queda de 1,00%, aos 5.632,19 pontos; Paris caiu 1,69%, aos 3.997,54 pontos; e Frankfurt perdeu 1,11%, aos 8.879,40 pontos. Já a Bolsa de Milão caiu 3,21%, aos 15.913,12 pontos, Madri teve baixa de 2,39%, aos 7.927,60 pontos, e Lisboa também recuou 2,39%, aos 4.657,14 pontos. O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou em queda de 1,60%. Já o FTSEurofirst 300, que caiu 3,4% na segunda-feira, chegou a cair 2,1% durante a sessão e atingiu seu nível mais baixo desde setembro de 2013, mas acabou fechando em queda de 1,4%.
O sentimento negativo dos investidores na sessão de ontem disseminou mau humor no Japão e na Austrália nos pregões de ontem e replicaram o mesmo movimento na Europa diante de preocupações com a performance da economia mundial. As bolsas europeias até tentaram uma recuperação após fortes perdas ontem, mas as preocupações econômicas prevaleceram nas praças, que foram pressionadas ainda pela queda do petróleo, pelas incertezas sobre a capacidade dos principais bancos centrais de oferecer estímulos, além de indicadores ruins na Alemanha e notícias negativas sobre os bancos italianos.
A produção industrial da Alemanha recuou 1,2% em dezembro ante novembro, considerando-se ajustes sazonais, segundo dados publicados pela agência de estatísticas Destatis. O resultado frustrou a expectativa de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam avanço mensal de 0,5%. Na comparação anual, a produção industrial alemã registrou queda ainda mais expressiva em dezembro, de 2,2%.
Além disso, a Alemanha teve superávit comercial de 19,4 bilhões de euros em dezembro, menor que o saldo positivo de 19,7 bilhões de euros de novembro. O resultado de dezembro ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam superávit de 19,7 bilhões de euros.
Por outro lado, o déficit comercial de bens do Reino Unido recuou de 11,5 bilhões de libras em novembro (dado revisado, de 10,6 bilhões de libras antes informado) para 9,9 bilhões de libras em dezembro, informou nesta terça-feira o Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês) do país. Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam déficit de 10,4 bilhões de libras em dezembro.
Entre os setores mais penalizados na sessão de hoje estão o de mineração e o bancário. Uma série de fatores impactaram os metais básicos. Na segunda-feira, o Goldman Sachs cortou sua previsão de preço para uma série de metais, culpando a fraca demanda chinesa e global. Além disso, Mark Cutifani, o executivo-chefe da Anglo American, disse que os preços dos metais poderiam cair ainda mais antes de se recuperar. Com isso, as ações da Anglo American fecharam com um dos piores desempenhos da Europa, com queda de 11% no Reino Unido, enquanto a ArcelorMittal e Glencore tiveram retrações de 10,8% e 8,1%, respectivamente.
Já o setor bancário pesou fortemente sobre a Bolsa de Milão. Foi divulgado hoje que o volume de empréstimos inadimplentes brutos dos bancos italianos teve alta anual de 9% em dezembro, a 201 bilhões de euros (US$ 224 bilhões), segundo dados publicados hoje pelo Banco da Itália. O resultado mostra o desafio que o setor bancário italiano tem pela frente para melhorar a qualidade de suas carteiras de crédito e impulsionar os lucros. Os papéis do Banca Popolare di Milano despencaram mais de 8%, e os do UBI Banca caíram quase 9%.
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