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Economia

- Publicada em 05 de Fevereiro de 2016 às 18:18

Alimentos encareceram 124,12% em 10 anos

 PONTO DA TÁXI NO CENTRO.

PONTO DA TÁXI NO CENTRO.


JOÃO MATTOS/JC
Principal custo de vida das famílias brasileiras, alimentos e bebidas mais do que dobraram de preço nos últimos 10 anos, período em que avançaram acima da média da inflação geral do País. O cálculo, feito pela consultoria Tendências com a base de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que a inflação do grupo alimentação e bebidas foi de 124,12% de fevereiro de 2006 a janeiro de 2016, o maior avanço entre os nove grupos acompanhados. No mesmo período, o índice oficial de inflação teve um aumento de 78,42%.
Principal custo de vida das famílias brasileiras, alimentos e bebidas mais do que dobraram de preço nos últimos 10 anos, período em que avançaram acima da média da inflação geral do País. O cálculo, feito pela consultoria Tendências com a base de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que a inflação do grupo alimentação e bebidas foi de 124,12% de fevereiro de 2006 a janeiro de 2016, o maior avanço entre os nove grupos acompanhados. No mesmo período, o índice oficial de inflação teve um aumento de 78,42%.
Segundo Márcio Milan, economista da Tendências, os alimentos subiram de preço nesses 10 anos por uma combinação de alta das commodities, eventos climáticos (muita chuva ou a falta dela) e maior demanda. "Os brasileiros tiveram nesse período um ganho de renda que permitiu consumir mais produtos, principalmente industrializados. Foi um aumento da demanda que ajudou a pressionar os preços", disse Milan.
O aumento de custo dos alimentos foi acompanhado de perto pelo grupo chamado despesas pessoais (119,42%), que inclui serviços como empregado doméstico.
O IBGE divulgou, na sexta-feira, que O IPCA (índice oficial do País) fechou janeiro em 1,27%, maior alta para o mês desde 2003, quando os preços subiram 2,25%. Os alimentos foram o maior vilão do IPCA de janeiro. O grupo teve uma alta de 2,28%, a maior para o mês de janeiro ao longo do Plano Real, lançado em 1994. Os destaques foram alimentos como cenoura (32,64%), tomate (27,27%), cebola (22,05%), batata-inglesa (14,78%) e alho (10,81%).
Segundo Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de preços do IBGE, o aumento seria típico do mês e foi intensificado por diferentes fatores, como clima, câmbio e mesmo aumento do diesel. "O (fenômeno climático) El Niño também provoca aumento forte de temperatura, e isso pode resultar em prejuízo para o agricultor", disse Eulina.
O avanço do dólar contribui ao pressionar preços em reais de insumos, como fertilizantes. Ela disse que os preços de pedágio também ficaram mais caros e podem ter influenciado preços de transporte.
Para fevereiro, a projeção é que elevação das mensalidades escolares e resquícios dos reajustes de bens e serviços monitorados pelo governo pressionem a inflação oficial. Os demais impactos já esperados sobre o IPCA de fevereiro vêm dos resíduos de reajustes praticados em itens como a taxa de água e esgoto em Belém, com aumento de 20% desde 26 de janeiro; ônibus urbano em Recife (de 14,28% desde 19 de janeiro), São Paulo (8,57% desde 9 de janeiro), Goiânia (12,10% a partir de 6 de fevereiro) e Vitória (12,03% em 10 de janeiro); ônibus intermunicipal no Rio de Janeiro (10,48% a partir de 10 de janeiro) e São Paulo (8,57%, em 9 de janeiro); além de táxi em Porto Alegre (7,82% em 5 de janeiro) e Salvador (10,52% e 13 de janeiro).
Na direção oposta, a energia elétrica deve vir mais barata, com a redução na taxa da bandeira tarifária, que continua vermelha em todas as regiões, mas cujo valor de acréscimo a cada 100kw/h passa de R$ 4,50 para R$ 3,00.
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