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Inovação

- Publicada em 05 de Fevereiro de 2016 às 16:57

Pavimento de concreto reduz gastos em estradas

 Saída de Porto Alegre rumo ao litoral pela rodovia Freeway BR 290. O movimento de carros é intenso e a via expressa já apresenta sinais de congestionamento em diversos pontos.    Na foto: Motoristas enfrentam engarrafamento da estrada para passara o feriadão de final de ano na praia.

Saída de Porto Alegre rumo ao litoral pela rodovia Freeway BR 290. O movimento de carros é intenso e a via expressa já apresenta sinais de congestionamento em diversos pontos. Na foto: Motoristas enfrentam engarrafamento da estrada para passara o feriadão de final de ano na praia.


JOÃO MATTOS/JC
Imagine uma estrada feita com um material mais durável e resistente que o asfalto, que não fique cheia de buracos em função do uso de material de baixa qualidade ou do tráfego intenso de veículos. E que, consequentemente, não precise passar por manutenções tão frequentes.
Imagine uma estrada feita com um material mais durável e resistente que o asfalto, que não fique cheia de buracos em função do uso de material de baixa qualidade ou do tráfego intenso de veículos. E que, consequentemente, não precise passar por manutenções tão frequentes.
Pois é justamente para provar que isso é possível que foi construída uma estrada-teste na avenida Mello Moraes, na Cidade Universitária, ao lado da raia olímpica da Universidade de São Paulo (USP), com uma extensão total de 200 metros. A obra será objeto de análise científica ao longo de um período de cinco anos, passando por diferentes tipos de avaliações.
O trabalho está sendo realizado pelo Departamento de Engenharia de Transportes da Poli-USP e conta com a parceria de um pool de empresas, liderado pela Votorantim. No final de janeiro, foi finalizada a etapa da pavimentação desse trecho da pista de concreto, usando um matéria rígido continuamente armado para uso em estradas, aeroportos e corredores de transporte público.
"Devido à resistência do concreto, este padrão de pavimento praticamente dispensa gastos de manutenção da estrada por um período muito mais longo que os em asfalto", afirma o chefe do departamento e responsável pelo estudo, José Tadeu Balbo.
Outra inovação da pesquisa é o fato de a pista-teste ser um longo trecho sem juntas, como ocorre com o pavimento de concreto convencional. Isso aumenta o conforto e a segurança ao se dirigir, além de reduzir os custos com o desgaste dos veículos.
O pavimento é inspirado em experiências de construção das interstate highways americanas, modelo que contribuiu para o desenvolvimento da indústria de base dos Estados Unidos a partir da década de 1950. "Questões como acesso à tecnologia, transferência de conhecimentos acadêmicos e custos de construção sempre limitaram a importação e aplicação deste modelo de rodovias no Brasil", avalia Balbo.
A parceria da universidade com a iniciativa privada ajudou a viabilizar esse teste inédito no Brasil. "A construção da pista-teste da USP traduz as sinergias do modelo de atuação da companhia em prol do desenvolvimento da indústria brasileira", explica o gerente-geral de Relações Governamentais da Votorantim, Lucélio de Moraes. As empresas do grupo forneceram dois tipos de vergalhões de aço, um deles submetido ao processo de galvanização com zinco, e quatro tipos de concreto.
A pesquisa prevê a avaliação da pista-teste inicialmente num período entre seis meses e um ano, submetida ao tráfego normal de carros e ônibus de linha que circulam pela Cidade Universitária. A liberação para a circulação dos veículos deve ocorrer em cerca de um mês. Durante os testes, será observado o padrão das fissuras geradas pela rodovia nas condições de clima e frequência de uso característicos do local.
Por fim, ao longo de cinco anos, os pesquisadores irão verificar os níveis de oxidação do aço que dá armação à base do pavimento. Nos 200 metros de pista-teste, metade do aço foi galvanizada, e a outra metade não teve o mesmo tratamento - com o objetivo de comprovar cientificamente a resistência à corrosão de cada um deles ao longo do tempo.

Linha Ecofibra dá premiação nacional à Artecola

O conceito de produtos Ecofibra levou a Artecola Química a conquistar o Prêmio Finep de Inovação, na categoria Inovação Sustentável. Essa linha prevê a criação de produtos a partir da composição entre polipropileno reciclável e fibra vegetal, entre eles fibra de cana-de-açúcar.
Patenteados pela Artecola Química, os produtos se destinam a várias aplicações. Podem ser encontrados em automóveis e calçados, além de ser usados como composto para injeção de utensílios ou em chapas para divisórias de ambientes e revestimentos. "Essa é uma linha que gera grandes resultados na redução do impacto ambiental, além de alta performance em suas aplicações", destaca a diretora executiva da empresa, Lisiane Kunst Bohnen.