Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Empresas & Negócios

- Publicada em 29 de Fevereiro de 2016 às 15:45

O mundo na sala de aula

Maria Eugenia Bofill
Matemática, Geografia, Língua Portuguesa e tantas outras disciplinas que formam o currículo dos ensinos Fundamental e Médio agora dividem espaço com um novo aprendizado: as diferentes culturas ao redor do mundo. A Educação Intercultural chega às salas de aula graças ao trabalho desenvolvido por intercambistas da EduAction, que levam a sério o slogan "E se o mundo coubesse em uma escola?". O grupo surgiu em 2009 e, há um ano e meio, institucionalizou-se como Organização Não Governamental (ONG), o que permitiu expandir a atuação para outros cinco países da América Latina. Colômbia, Argentina, Peru, México e Uruguai recebem, duas vezes por ano, os voluntários do programa. As oficinas são oferecidas a estudantes de escolas públicas e privadas no período de oito semanas.
Matemática, Geografia, Língua Portuguesa e tantas outras disciplinas que formam o currículo dos ensinos Fundamental e Médio agora dividem espaço com um novo aprendizado: as diferentes culturas ao redor do mundo. A Educação Intercultural chega às salas de aula graças ao trabalho desenvolvido por intercambistas da EduAction, que levam a sério o slogan "E se o mundo coubesse em uma escola?". O grupo surgiu em 2009 e, há um ano e meio, institucionalizou-se como Organização Não Governamental (ONG), o que permitiu expandir a atuação para outros cinco países da América Latina. Colômbia, Argentina, Peru, México e Uruguai recebem, duas vezes por ano, os voluntários do programa. As oficinas são oferecidas a estudantes de escolas públicas e privadas no período de oito semanas.
"Trabalhamos com assuntos transversais, temas de vida. Conteúdos que as escolas deveriam trabalhar, mas não há em um currículo escolar", explica o coordenador do Comitê do Desenvolvimento Institucional, Matheus Pires de Freire. Os workshops envolvem temas como diversidade, desenvolvimento pessoal, autoconhecimento, empreendedorismo, campanha social, liderança e cidadania.
O trabalho da ONG é realizado por meio de duas estratégias: mudar o paradigma tradicional de educação e ampliar a visão de mundo para dar a oportunidade de vivência multicultural aos estudantes. A intenção é, junto com as escolas, transformar a educação e sair do tradicional. "Trata-se de uma metodologia diferente. Os voluntários fazem jogos e dinâmicas com os alunos e, assim, ambos constroem juntos o conhecimento", ressalta a coordenadora do Comitê de Mobilização de Recursos, Natalia Rypl. As oficinas são realizadas por uma dupla de voluntários e acontecem em horário de aula, uma vez por semana, com cada turma. Os jovens têm idade entre 12 e 21 anos. Em Porto Alegre, a EduAction trabalha em 20 instituições públicas, além de ações realizadas em duas escolas privadas. Após desembarcar na cidade, o intercambista recebe uma preparação de duas a três semanas, que consiste em aulas de apresentação da educação no Brasil, como tratar os estudantes, aulas de português e assuntos que serão abordados nas escolas.
"Buscamos mudar a relação dos estudantes com a aprendizagem que eles têm. A maioria já entende que a educação é importante para a vida. Mas queremos que eles vejam que pode ser algo prazeroso e interessante", destaca Natalia. Com o crescimento da ONG, além dos alunos, os professores também entraram no foco de projetos. São duas linhas de trabalho: diversidade, que consiste em mostrar ao profissional o potencial da criatividade como um instrumento de aprendizagem; e a própria criatividade, com uso de ferramentas que auxiliem a criar um ambiente propício para os alunos soltarem a imaginação.
A iniciativa busca estimular a continuidade de ações mais inovadoras em sala de aula, com espaço para dinâmicas, discussões e jogos. "Queremos evitar que, após as oficinas, os estudantes voltem a atividades rotineiras", explica Freire. Por isso, a meta da EduAction é alcançar toda a comunidade escolar. "É uma atuação de 360 graus, com todos os envolvidos no meio escolar, o que inclui pais, diretores e funcionários das escolas", explica Freire, ao destacar que mudanças paliativas são insuficientes para melhorar a educação. "É necessário uma mudança mais estrutural e cultural", defende.
Os coordenadores citam que um dos principais impactos da presença do estrangeiro na sala de aula é a aprendizagem de outro idioma. Além disso, são uma referência de motivação, pois despertam em muitos alunos o desejo de entrar na universidade e se tornar voluntários. Em março, a ONG lançará um financiamento coletivo no Catarse, convidando as pessoas a participarem do projeto "Vista a camiseta da educação". Dependendo do valor da contribuição, haverá recompensas como camisetas, quadro de artistas, nome pintado no mural de agradecimento na sede da EduAction e a possibilidade de participar das oficinas nas escolas.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO