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Empresas & Negócios

- Publicada em 22 de Fevereiro de 2016 às 10:06

Demissão de trabalhador qualificado indica piora do quadro

A rápida deterioração do mercado de trabalho já começou a atingir os trabalhadores mais qualificados. Pelos dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, no ano passado, foram fechados 115 mil postos de trabalho com carteira assinada para os brasileiros com Ensino Superior incompleto ou concluído - um sinal preocupante da piora acelerada da atividade econômica em 2015 e que deve continuar neste ano.
A rápida deterioração do mercado de trabalho já começou a atingir os trabalhadores mais qualificados. Pelos dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, no ano passado, foram fechados 115 mil postos de trabalho com carteira assinada para os brasileiros com Ensino Superior incompleto ou concluído - um sinal preocupante da piora acelerada da atividade econômica em 2015 e que deve continuar neste ano.
A retração no saldo marca uma importante virada. No período entre 2004 e 2014, o País sempre criou empregos para os mais escolarizados. No auge, em 2010, quando Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 7,6%, houve abertura de 306 mil empregos com carteira assinada para os trabalhadores com Ensino Superior incompleto ou completo. A demanda das empresas foi tão grande que tivemos um apagão de mão de obra qualificada no País, situação que se prolongou até o início de 2014.
O cenário começou a mudar com o desencadeamento da Operação Lava Jato e pelos sinais de que a crise econômica veio mais forte do que se esperava. Tanto para 2015 como para 2016, os economistas estimam que a atividade deve recuar 4%. Se os números se confirmarem, será o pior desempenho econômico desde 1901.
Na esteira da retração do PIB, o mercado de trabalho passou por uma intensa piora em um curto espaço de tempo, diz o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) João Saboia. "Normalmente, os empregados com mais qualificação são os últimos a perder o emprego, porque as empresas seguram ao máximo esses profissionais, temendo dificuldade para recontratá-los no futuro."
Na opinião de Saboia, uma recuperação do mercado de trabalho só começará a dar sinais em 2018. Até lá, alguns milhares de trabalhadores vão engrossar a fila dos desempregados, que até novembro do ano passado somava 9,1 milhões de pessoas.
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