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- Publicada em 15 de Fevereiro de 2016 às 17:51

Feminismo e educação

 imagem feminismo caderno responsabilidade social

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JONATHAN HECKLER/JC
Thaís Seganfredo
A palavra pode assustar os mais desavisados, mas o conceito de feminismo já está começando a se difundir na sociedade brasileira. Como definiu a escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, feminista é "a pessoa que acredita na igualdade social, política e econômica entre os sexos". Esse é um dos eixos da Escola Lilás de Direitos Humanos, programa voltado a jovens meninas de 13 a 17 anos. A iniciativa é promovida pelo Coletivo Feminino Plural, Organição Não
A palavra pode assustar os mais desavisados, mas o conceito de feminismo já está começando a se difundir na sociedade brasileira. Como definiu a escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, feminista é "a pessoa que acredita na igualdade social, política e econômica entre os sexos". Esse é um dos eixos da Escola Lilás de Direitos Humanos, programa voltado a jovens meninas de 13 a 17 anos. A iniciativa é promovida pelo Coletivo Feminino Plural, Organição Não
Governamental (ONG) que atua em Porto Alegre há 20 anos. "As meninas têm uma dificuldade para entender o que é feminismo, por isso nós falamos que seria importante aprender sobre gênero na escola. Esse tipo de educação é bastante importante", defende Leina Peres, coordenadora do programa.
A partir do feminismo, a Escola Lilás trabalha com vários temas relacionados ao empoderamento e aos direitos das mulheres. As oficinas incluem a abordagem a assuntos como saúde, desigualdades sociais, educação, trabalho e mídia, abordando, por exemplo, como as mulheres são representadas na publicidade. O conteúdo é ensinado conforme a pedagogia de Paulo Freire, baseada no pensamento crítico dos alunos.
A arte como ferramenta de transformação também é uma das bandeiras do Coletivo Feminino Plural, que realiza oficinas artísticas em vários de seus projetos. "As mulheres já passam pela dificuldade de encontrar espaço para se expressarem na sociedade", relata a coordenadora, ressaltando que as famílias também acabam se envolvendo nas conversas. Segundo Leina, a criação desses espaços busca justamente uma forma para que as meninas se sintam à vontade para falar.
Além das aulas, um dos objetivos da Escola Lilás é a formação de grupos de teatro voltados à temática da violência contra a mulher. O trabalho pretende ser de continuidade e soma para o coletivo, como destaca a coordenadora. As aulas são ministradas pelas próprias integrantes do coletivo e também por oficineiras de teatro, sendo que uma delas é também ex-aluna da Escola Lilás. "Queremos fortalecê-las para que possam levar as apresentações para outras regiões", conta. Assim, é possível multiplicar a atuação do grupo.
O programa está na terceira edição, desta vez com o apoio financeiro da Vara de Execuções Penais e Medidas Alternativas do Judiciário gaúcho. Os encontros ocorrem no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Ampliado da Restinga (rua Economista Nilo Wülff, s/nº). Os encontros funcionam como uma educação complementar e têm apoio das escolas da região. As oficinas de Teatro e Direitos Humanos já começaram, mas meninas entre 13 e 17 anos que ainda tiverem interesse podem se inscrever nos dias dos cursos, que ocorrem às quartas e sextas-feiras.
Para o Coletivo Feminino Plural, a educação pode ser uma ferramenta de diminuição das desigualdades. "Buscamos trabalhar através da multiplicação dos conhecimentos adquiridos pelas integrantes. Compartilhar o feminismo com outras mulheres nos empodera", explica Leina Peres, integrante do grupo. A ONG foi fundada em 1996 por um grupo de mulheres já atuantes na luta pelos direitos humanos e pela igualdade de gênero. Hoje, atua no movimento de mulheres por meio de articulações locais, regionais, nacionais e internacionais, integrando redes e grupos de monitoramento das convenções e tratados internacionais.
Além da Escola Lilás, o coletivo desenvolve outros projetos, como o Ponto de Cultura Feminista, que também atua no bairro Restinga; o Centro de Referência para Mulheres Vítimas de Violência Patrícia Esber, localizado em Canoas; o Projeto Conexões, que trabalha pela conscientização de mulheres a respeito do HIV e da Aids; e o Inclusivass, que atua pela garantia de direitos a mulheres com deficiência.
Informações adicionais podem ser obtidas no blog do projeto (www.escolalilasdh.blogspot.com.br) ou na fanpage do Facebook (www.facebook.com/escolalilas).
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