Como superar os reflexos da crise nos municípios gaúchos é a principal questão da Assembleia de Verão da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), que começou ontem, em Torres. Os prefeitos ficam reunidos até amanhã no Litoral Norte e terão a oportunidade de apresentar às entidades do Estado e da União presentes as expectativas e dificuldades para o ano de 2016.
"A agenda deste ano apresenta um esboço especial pelo fato de que a situação está complexa. A perspectiva não é boa", explicou Marcelo Schreinert (PP), vice-presidente da Famurs e prefeito de São Jerônimo. Entre as áreas de maior preocupação estão saúde e educação.
Para Schreinert, com a falta de repasses do Estado e da União, a responsabilidade maior recai nos gestores municipais. "O Estado nos deve recursos e nos paga parcelado", afirmou. O prefeito também lembrou de problemas no ensino básico, com o programa do governo federal Pró-Infância. "Temos mais de 200 creches com problemas de falta de vagas."
O ano de 2016 também será o período de fechamento de contas das gestões municipais e de disputa eleitoral nas prefeituras e câmaras do Estado. Tais questões também serão abordadas em painéis do evento.
Outra preocupação que será discutida durante os encontros da Assembleia de Verão é a ameaça do mosquito Aedes aegypti, que alerta municípios no Brasil inteiro, e como combatê-lo com recursos limitados.
"Colocaremos aos órgãos nossos anseios", disse Schreinert. Estarão presentes no evento Tribunal de Contas do Estado (TCE), Tribunal de Justiça (TJ), Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e Ministério Público (MP). Participará também da Assembleia de Verão o governador do Estado em exercício, José Paulo Cairoli (PSD).