O ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), afirmou ontem que a pasta tem, para 2016, um volume de recursos estimado em
R$ 16 bilhões - aproximadamente R$ 14 bilhões para o programa Minha Casa Minha Vida e outros
R$ 2 bilhões para outras áreas de atuação, como saneamento, mobilidade e desenvolvimento urbano.
"Todos sabem que, de 2014 para 2015, tivemos uma queda no volume de investimentos no País com recursos da União. Em 2016, vamos manter o patamar de 2015", disse durante coletiva em Porto Alegre. Segundo o ministro, dos R$ 14 bilhões que devem ser destinados ao Minha Casa Minha Vida, R$ 9 bilhões são vinculados às unidades em construção da fase 2 do programa. O programa habitacional, uma das principais vitrines da presidente Dilma Rousseff (PT), terá prosseguimento com a fase 3, mas o governo já sinalizou que a terceira etapa será ajustada à disponibilidade orçamentária. "A fase 1 e a fase 2 já contrataram aproximadamente 4,3 milhões unidades habitacionais. Dessas, 2,5 milhões já foram entregues, e as restantes estão com recursos assegurados para término até maio ou junho de 2017", disse Kassab.
Questionado sobre a paralisação de obras da fase 2 do programa, ele argumentou que o problema não tem "nenhuma vinculação" com falta de verbas. "São centenas de empresas desenvolvendo centenas de projetos. Há empresas que, ao longo do tempo, quebram, têm problemas, e a legislação já prevê a sua substituição. Existe toda uma burocracia a ser preenchida, mas o mais rapidamente possível haverá novas empresas designadas para dar continuidade às obras", explicou.