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Política

- Publicada em 20 de Janeiro de 2016 às 22:31

Para Requião, tese do impeachment é 'ridícula'

 Fórum Social Mundial. Auditório Araújo Viana.  Palestra Democracia e desenvolvimento em tempos de golpismo e crise.     Na foto: e/d:  Rui Falcão (Fundação Perseu Abramo/Brasil) e Roberto Requião (Senador da República)            Roberto Requião|

Fórum Social Mundial. Auditório Araújo Viana. Palestra Democracia e desenvolvimento em tempos de golpismo e crise. Na foto: e/d: Rui Falcão (Fundação Perseu Abramo/Brasil) e Roberto Requião (Senador da República) Roberto Requião|


MARCO QUINTANA/JC
Fernanda Nascimento
A crise política e os desafios da esquerda brasileira estão entre os grandes temas de discussão desta edição do Fórum Social Temático (FST). Ontem, centenas de pessoas se reuniram no auditório Araújo Viana para discutir a "democracia e o desenvolvimento em tempos de golpismo e crise", palestra que acabou versando especialmente sobre o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT). Entre as intervenções, a palavra de ordem "não vai ter golpe, vai ter luta" ecoava pelo auditório.
A crise política e os desafios da esquerda brasileira estão entre os grandes temas de discussão desta edição do Fórum Social Temático (FST). Ontem, centenas de pessoas se reuniram no auditório Araújo Viana para discutir a "democracia e o desenvolvimento em tempos de golpismo e crise", palestra que acabou versando especialmente sobre o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT). Entre as intervenções, a palavra de ordem "não vai ter golpe, vai ter luta" ecoava pelo auditório.
A resistência contra o processo respondido por Dilma reuniu integrantes de PT, PCdoB, PDT, PMDB e militantes de movimentos sociais. O senador Roberto Requião (PMDB) foi um dos mais aplaudidos da tarde, ao afirmar que "a tese do impeachment é absolutamente ridícula". Uma das vozes do dividido PMDB, o senador disse que o processo "é mais um golpe a serviço do capitalismo" e defendeu os governos petistas. "É preciso defender a legalidade, a democracia, as decisões eleitorais e construir tolerância e justiça social", disse.
Roberto Amaral, ex-presidente do PSB, também foi bastante aclamado. Militante histórico da esquerda e ex-ministro no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou que a direita está em uma "clara tentativa de aniquilamento das forças populares e de esquerda do Brasil" e disse ver "ameaças maiores do que as de 1964, quando o movimento golpista era formado basicamente por militares, ao contrário do que acontece hoje". Ao afirmar que o projeto de direita é "fascista" e que a há a clara necessidade de "exterminar com o ovo da serpente", Amaral enfatizou a necessidade de fortalecimento da Frente Brasil Popular - que reúne partidos e movimentos sociais contrários ao impeachment. "A frente desempenha papel fundamental na construção da organização e da resistência."
Rui Falcão, presidente do PT, participou do diálogo e destacou a necessidade de alerta para os eventos que acontecerão após o término do recesso do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. "Houve um momento em que respiramos aliviados com a decisão do STF de definir o rito do processo de impeachment. Mas as ameaças não estão vencidas. O Congresso retomará os trabalhos ainda com aquele senhor na presidência (o deputado Eduardo Cunha, PMDB-RJ) e temos o Tribunal Superior Eleitoral tentando criminalizar as contas da presidente", declarou. "O que está em jogo - e isso influi nas questões de retomada do crescimento - é a democracia. Não podemos ver surgir o embrião do Estado de recessão."
Representado os movimentos sociais, em especial o movimento negro, Gilberto Leal defendeu a "o enfrentamento cotidiano contra o retrocesso" e apregoou ainda que "mais vale a angustia entre vitórias e derrotas do que o marasmo a serviço dos opressores". Também realizaram palestras no evento o vice-presidente nacional do PCdoB, Walter Sorrentino, e o presidente da fundação Leonel Brizola, Carlos Michiles.
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