Cansaço do copiloto influenciou na morte de Campos, diz FAB

O cansaço do piloto do avião que carregava o presidenciável e ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e outras seis pessoas foi apontado como um dos fatores contribuintes para o desastre, que teve uma sequência de falhas humanas, conforme relatório emitido pela Força Aérea Brasileira na tarde de ontem.

O relatório com o resultado das investigações realizadas nos últimos 17 meses pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos foi apresentado, no início da tarde de ontem, aos familiares de todos que estavam no voo. Além do uso de atalho para acelerar o procedimento de descida na Base Aérea de Santos, outro fator apontado foi a falta de treinamento do piloto para aquela aeronave, um Cessna 560 XL - o que levou a Aeronáutica a emitir uma recomendação de segurança à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), três meses depois do acidente.

Também foi detectado que a relação entre piloto e copiloto não era boa. Os dois tinham um histórico de atritos e o copiloto teria pedido para não mais voar com sua dupla. O cansaço do copiloto foi identificado pelos parâmetros de voz, que indicaram que existe compatibilidade com fadiga e sonolência. O piloto do voo havia relatado em suas redes sociais, dias antes, que estava cansado. nPelo Twitter, a FAB afirmou que a aeronave não atendia às condições de aeronavegabilidade desde 2013, devido a inoperância do Cockpit Voice Recorder .