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Repórter Brasília

- Publicada em 12 de Janeiro de 2016 às 22:50

Maior judicialização em 2016

O tesoureiro do PMDB, senador Eunício de Oliveira (CE), resume bem a difícil situação dos operadores das finanças dos partidos para as eleições de 2016: "Tenho dó de quem vai ser candidato, porque vai ser a eleição da suspeição, das denúncias de caixa 2". O senador quer ver como serão feitas campanhas em 5 mil cidades, sem nenhum centavo. Ele afirma que os parlamentares ficaram na discussão entre ter financiamento público e privado, mas " aprovamos uma regra em que não teremos nenhum dois", lamenta. Para o senador cearense, as mudanças do sistema eleitoral brasileiro que valerão para as próximas eleições, com a proibição total de doações de empresas a candidatos e partidos, colocará os políticos diante de uma realidade "brutalmente diversa da enfrentada na última eleição municipal". Segundo explica Eunício de Oliveira, a quatro anos, candidatos e comitês das siglas foram abastecidos com R$ 4,6 bilhões em doações - 97,5% do montante vindo de contribuições empresariais. Para o advogado do PSDB, Flávio Henrique Pereira, as eleições de 2016 serão um laboratório diferente de tudo o que vinha acontecendo até agora. Já o ministro Gilmar Mendes, voto vencido no Supremo de proibir o financiamento privado de campanhas políticas, disse que o impedimento irá estimular a prática de caixa-2. O juiz eleitoral Marion Reis acha que a disputa eleitoral deste ano será a de maior judicialização da história.
O tesoureiro do PMDB, senador Eunício de Oliveira (CE), resume bem a difícil situação dos operadores das finanças dos partidos para as eleições de 2016: "Tenho dó de quem vai ser candidato, porque vai ser a eleição da suspeição, das denúncias de caixa 2". O senador quer ver como serão feitas campanhas em 5 mil cidades, sem nenhum centavo. Ele afirma que os parlamentares ficaram na discussão entre ter financiamento público e privado, mas " aprovamos uma regra em que não teremos nenhum dois", lamenta. Para o senador cearense, as mudanças do sistema eleitoral brasileiro que valerão para as próximas eleições, com a proibição total de doações de empresas a candidatos e partidos, colocará os políticos diante de uma realidade "brutalmente diversa da enfrentada na última eleição municipal". Segundo explica Eunício de Oliveira, a quatro anos, candidatos e comitês das siglas foram abastecidos com R$ 4,6 bilhões em doações - 97,5% do montante vindo de contribuições empresariais. Para o advogado do PSDB, Flávio Henrique Pereira, as eleições de 2016 serão um laboratório diferente de tudo o que vinha acontecendo até agora. Já o ministro Gilmar Mendes, voto vencido no Supremo de proibir o financiamento privado de campanhas políticas, disse que o impedimento irá estimular a prática de caixa-2. O juiz eleitoral Marion Reis acha que a disputa eleitoral deste ano será a de maior judicialização da história.
Financiamento Público
O deputado federal gaúcho Osmar Terra, vice-presidente do diretório estadual do PMDB do Rio Grande do Sul, é favorável ao financiamento público de campanha. Disse que, durante a campanha, os políticos enfrentam situações até constrangedoras em busca de recursos. "Sinto-me mais confortável com financiamento público", afirmou. Quanto ao caixa-2, assinala que deve haver mais fiscalização. Considera que a campanha mais simples é melhor para quem tem argumento. "Hoje, leva vantagem quem tem mais estrutura, comitês, cabos eleitorais", diz Osmar Terra. Lembrou que, numa campanha, hoje, o parlamentar chega a gastar até R$ 5 milhões. E pode ser pior. Comentou que colegas seus de outras regiões, como no Nordeste, contaram que chegam a gastar R$ 10 milhões. "É um absurdo. E isso financiado pela iniciativa privada." Por isso, Osmar Terra defende, e votou para isso, o financiamento público de campanha. O que deve valer é a proposta, o argumento, e não os valores disponíveis.
 
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