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Política

- Publicada em 10 de Janeiro de 2016 às 19:08

Ex-deputado do PP negocia delação e cita Jaques Wagner e Aécio Neves

Ministro Jaques Wagner

Ministro Jaques Wagner


ANTONIO CRUZ/ABR/JC
Em negociação com a força-tarefa da Operação Lava Jato e com a Procuradoria-Geral da República (PGR) para firmar um acordo de delação premiada, o ex-presidente do Partido Progressista (PP) Pedro Corrêa adiantou ter informações capazes de comprometer aproximadamente 100 políticos, entre eles dois ministros do atual governo: Jaques Wagner (PT), da Casa Civil, e Aldo Rebelo (PCdoB), da Defesa. A relação apresentada por Corrêa durante as tratativas inclui ainda o nome do senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais.
Em negociação com a força-tarefa da Operação Lava Jato e com a Procuradoria-Geral da República (PGR) para firmar um acordo de delação premiada, o ex-presidente do Partido Progressista (PP) Pedro Corrêa adiantou ter informações capazes de comprometer aproximadamente 100 políticos, entre eles dois ministros do atual governo: Jaques Wagner (PT), da Casa Civil, e Aldo Rebelo (PCdoB), da Defesa. A relação apresentada por Corrêa durante as tratativas inclui ainda o nome do senador Aécio Neves (PSDB-MG), candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais.
Preso em Curitiba, Corrêa foi condenado a 20 anos de prisão sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro no esquema da Petrobras. A sentença aponta recebimento de R$ 11,7 milhões em propina. O ex-deputado federal por Pernambuco já havia sido condenado a sete anos de prisão no processo do mensalão.
A menção a Jaques Wagner, homem de confiança da presidente Dilma Rousseff, se soma a outras feitas ao petista na semana passada. Nas tratativas de sua delação, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró disse que o ministro recebeu recursos desviados da Petrobras para sua campanha ao governo da Bahia, em 2006. Wagner apareceu ainda em diálogos com o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, um dos alvos da investigação, prometendo interceder pela liberação de recursos para a empreiteira.
Segundo O Estado de S. Paulo, mensagens entre Pinheiro e um funcionário da OAS indicam que o ministro intermediou também negócios entre a empreiteira e fundos de pensão.
Corrêa também apresentou uma lista de supostos operadores, entre eles Benedito de Oliveira, o Bené, foco da Operação Acrônimo, que investiga suspeitas de irregularidades na campanha de Fernando Pimentel (PT) ao governo de Minas Gerais e indícios de compra de medidas provisórias.
De acordo com reportagem publicada pela revista Veja em setembro, Corrêa contou ainda que o ex-presidente Luiz Inácio da Silva (PT) tinha conhecimento de que deputados do PP pleiteavam indicações à diretoria da Petrobras com objetivo de arrecadarem dinheiro para suas campanhas políticas. Lula nega a acusação.
As conversas para a delação de Corrêa foram iniciadas há cerca de seis meses. Num primeiro momento, o material era composto por 180 anexos divididos por temas. Depois, foi apresentada nova divisão por nomes de políticos, com e sem foro privilegiado.
A negociação para que condenado e investigadores oficializem o termo de colaboração premiada deve ser retomada nesta semana.
Se a delação for aceita, o ex-presidente do PP será beneficiado por uma redução das penas impostas a ele. Os procuradores e Corrêa negociam que ele pague multa de cerca de R$ 4 milhões e cumpra um ano e meio de prisão.
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