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Política

- Publicada em 10 de Janeiro de 2016 às 18:56

Paulo Paim admite que tendência é sair do PT

Senador tem divergido da política econômica do governo federal

Senador tem divergido da política econômica do governo federal


MARCO QUINTANA/JC
Marcus Meneghetti
Apesar de ter uma reunião marcada para hoje com o presidente do PT gaúcho, Ary
Apesar de ter uma reunião marcada para hoje com o presidente do PT gaúcho, Ary
Vannazzi, para decidir se sai ou não do partido, o senador Paulo Paim admite que a tendência é que deixe a legenda. O encontro vai acontecer às 11h, na sede do diretório estadual, e, conforme o próprio senador, depois da reunião já deve anunciar sua decisão.
A saída de Paim seria motivada pela discordância com os rumos do governo federal, principalmente com as medidas de ajuste que afetam direitos trabalhistas e previdenciários. Para o senador, permanecer no PT se tornou uma contradição para ele. E, para explicar tal análise, citou o caso de projetos de sua autoria que foram vetados pelo Palácio do Planalto, como por exemplo os que dizem respeito a sua bandeira mais antiga: a reforma da previdência, especialmente a luta pelo fim do fator previdenciário.
"Atualmente, estou em uma posição que é até constrangedora. Tem projeto que trabalhei por 15 anos para ser aprovado, e o meu próprio governo vetou a minha proposta. Aí, tenho que trabalhar contra o meu governo para derrubar o veto, o que é muito difícil no Congresso Nacional. E ainda tenho que defendê-lo, porque estou na base governista", exemplificou.
Desde que manifestou a tendência de deixar a legenda, no ano passado, Paim recebeu convites para ingressar em diversas siglas, como PDT, PTB, PV, P-Sol, PSB e Rede. Entretanto, de acordo com o próprio senador, houve uma aproximação maior com o PSB e a Rede, partidos cujos presidentes - Beto Albuquerque e Marina Silva, respectivamente - dialogaram diretamente com o petista.
"Hoje, a tendência é que eu saia do PT. Tenho conversado muito com o PSB e a Rede, e também o PDT. Mas, antes quero resolver de uma vez por todas a minha situação no Partido dos Trabalhadores. Depois verei para qual partido seguirei. Possivelmente passarei dois ou três meses sem partido", falou Paim.
O senador está filiado ao PT há 30 anos. Elegeu-se deputado federal em 1986, sendo um dos 10 mais votados. Reelegeu-se em 1990, 1994 e 1998 na Câmara dos Deputados e, em 2002, elegeu-se senador, reelegendo-se em 2010. Sua atuação no Congresso destacou-se pela luta para aumentar o salário-mínimo e os vencimentos dos aposentados.
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