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Governo Federal

- Publicada em 10 de Janeiro de 2016 às 15:47

Temer põe 'pé na estrada' para unir PMDB

Presidente do partido, Michel Temer, inicia tour pelo Sul do País

Presidente do partido, Michel Temer, inicia tour pelo Sul do País


VALTER CAMPANATO/ABR/JC
Com o mapa dos representantes do PMDB que têm poder de voto nas mãos, o vice-presidente da República, Michel Temer, iniciará, no fim deste mês, um giro pelo País na tentativa de consolidar apoio a sua recondução ao comando da legenda e de impedir as movimentações do grupo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Com o mapa dos representantes do PMDB que têm poder de voto nas mãos, o vice-presidente da República, Michel Temer, iniciará, no fim deste mês, um giro pelo País na tentativa de consolidar apoio a sua recondução ao comando da legenda e de impedir as movimentações do grupo do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, o vice tem hoje o apoio de cerca de 60% do partido. Com o receio de ter a liderança partidária posta em xeque e diante da proximidade da convenção nacional da legenda, prevista para março, Temer montou um grupo específico para cuidar da sua campanha, que contará com a participação do presidente da Fundação Ulisses Guimarães, Moreira Franco, e do ex-ministro Eliseu Padilha.
O tour deve começar pela região Sul, onde historicamente o vice detém maior número de apoio. A princípio, as viagens serão feitas com recursos da legenda. Segundo o secretário-geral do PMDB, deputado Mauro Lopes (MG), além das visitas às principais capitais do País, a campanha também deve contar com uma estrutura de call center para efetivar contatos com representantes do partido nas cidades em que Temer não puder visitar. De acordo com um aliado, Temer vai procurar delegados da sigla para saber o que eles acham da direção atual e até encomendou pesquisas.
A decisão de Temer pelo início da campanha ocorre de olho nas sinalizações de que o grupo liderado pelo senador Renan Calheiros lançará um candidato para disputar o comando da cúpula da legenda. Entre os nomes cotados está o do senador Romero Jucá (RR).
No tabuleiro da batalha interna, os dois lados disputarão os votos dos representantes do Rio de Janeiro, estado que conta com o maior número de delegados na convenção. No cenário atual, Temer está em desvantagem na corrida pelos votos dos peemedebistas fluminenses.
Lideranças do PMDB do estado ressaltam que não ficou no esquecimento a manobra do vice, realizada no fim do ano passado, para tentar tirar o deputado Leonardo Picciani (RJ) da liderança da bancada da Câmara. Segundo integrantes da legenda, se houver disputa na convenção, o Rio irá apoiar o movimento liderado por Renan.
Com receio de haver um acirramento na disputa pelo comando do PMDB, Temer passou a adotar, nesta primeira semana do ano, um discurso de "unidade" e "harmonia". "Ele vai pregar a unidade partidária ressaltando que o PMDB é o maior partido do Brasil se estiver junto, se estiver desunido não vai ter peso para bancar a posição de ser uma alternativa ao PT e ao PSDB em 2018", afirmou o deputado federal gaúcho Osmar Terra (PMDB), aliado do vice.
A passagem de Temer pelos diretórios estaduais também servirá para ele ouvir a sigla a respeito de um possível desembarque do governo. "Ele não vai tocar no tema, mas essa questão vai entrar nas discussões", " disse Darcísio Perondi (PMDB).

Lula sugere e Dilma tenta armistício com peemedebista

Em uma sugestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a presidente Dilma Rousseff (PT) iniciou uma tentativa de armistício com o vice-presidente Michel Temer, principal beneficiário do seu pedido de impeachment e que havia se afastado da petista.
O esforço de reaproximação teve início no final do ano passado e envolve a tentativa de dar maior protagonismo ao peemedebista tanto na área política como na econômica, já que o vice-presidente tem se queixado de seu isolamento em questões administrativas.
O governo federal decidiu incorporar na política econômica medidas sugeridas pelo documento "Uma ponte para o futuro", programa lançado no ano passado pelo PMDB, e pretende reabilitá-lo como principal interlocutor do Palácio do Planalto com o partido aliado.
Em conversas reservadas, Lula defende que Dilma valorize Temer e que ele volte a participar da articulação política no Congresso Nacional em uma tentativa de evitar seu afastamento total do governo federal.
Na avaliação do Palácio do Planalto, o momento é favorável para um armistício diante da aparente perda de força do processo de impeachment e da queda de braço interna no PMDB pela presidência nacional da legenda.
Com o risco de ser retirado do comando da sigla, na convenção nacional da legenda marcada para março, o vice-presidente colocou a questão do impeachment em compasso de espera e decidiu se dedicar à unidade da sigla, numa tentativa de evitar o fortalecimento de movimentos que articulam sua saída do posto.
Em busca de uma reaproximação, a presidente tem repetido que o episódio da carta enviada em dezembro por Temer com críticas a ela "foi superado" e fez questão de telefonar para ele no Natal para desejar felicidades. Em retribuição, o peemedebista ligou para a petista no Ano-Novo.
Na carta desabafo, Temer disse que sempre teve "ciência da absoluta desconfiança" da presidente em relação a ele e disse que passou os primeiros quatros anos de governo como "vice decorativo".
Na quarta-feira passada, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner (PT), informou ao peemedebista que avalia com a equipe econômica formas de inserir pontos da proposta do partido no plano elaborado para o início deste ano que tem como objetivo retomar o crescimento do País.
O aceno tem como objetivo desarmar o discurso na sigla de favoráveis ao afastamento da petista de que o PMDB não é culpado pela atual crise econômica, uma vez que não havia sido até então chamado para participar da elaboração de políticas governamentais.

Dilma garantiu a empreiteira empréstimo do Bndes em condição especial, diz revista Época

A presidente Dilma Rousseff atuou, antes de sua reeleição, para flexibilizar uma regra de concessão de financiamentos do Bndes em favor da Andrade Gutierrez, aponta reportagem publicada pela revista Época desta semana. De acordo com a publicação, após a liberação de um financiamento de US$ 320 milhões para a construção de uma barragem em Moçambique, a empreiteira doou
R$ 20 milhões para a campanha de reeleição da presidente.
Documentos obtidos pela revista mostram que, em março de 2013, Dilma teve uma reunião com o presidente de Moçambique, Armando Guebuza, na qual o governante do país africano questionou as exigências do Bndes para conceder o financiamento. Os recursos só poderiam ser liberados mediante à abertura de uma conta bancária de Moçambique numa economia com baixo risco de calote, o que Guebuza não concordava. Dilma teria se colocado à disposição para "resolver o assunto".
Segundo a Época, um mês depois, em Brasília, o Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) - comandado naquele momento por Fernando Pimentel, então ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - aprovou a flexibilização do empréstimo. O contrato foi assinado em junho de 2014 - já em período de campanha eleitoral - pela Zagope, subsidiária da Andrade Gutierrez investigada pelo Ministério Público Federal por pagamentos de propina.
A revista informa, ainda, que no mês seguinte à assinatura, Edinho Silva, então tesoureiro da campanha presidencial à reeleição de Dilma, fez uma visita à Andrade Gutierrez, em São Paulo. Nove dias após o encontro, a empreiteira transferiu R$ 10 milhões para a campanha de Dilma. Em seguida, a construtora doou mais R$ 10 milhões.

Ministro do Turismo fez lobby para a OAS

O ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), fez lobby para a OAS em dois tribunais de contas para evitar o bloqueio de recursos para as obras da empreiteira na Arena das Dunas, em Natal, um dos estádios da Copa de 2014.
A ação é comprovada por mensagens trocadas entre Alves e Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, condenado a 16 de reclusão. Trechos das conversas, de 2013 e 2014, foram obtidos pelo estado. No período, o peemedebista era deputado federal e presidia a Câmara.
Nos diálogos, além de tratar de favores a Pinheiro, o ministro cobra repasses da OAS para sua campanha ao governo do Rio Grande do Norte. Para a Procuradoria-Geral da República (PGR), as doações foram “vantagens indevidas” pagas para que Cunha e seu grupo defendessem interesses da OAS.
As mensagens sobre o lobby nos tribunais foram trocadas entre junho e julho de 2013. Em 14 de julho, Alves promete a Léo Pinheiro agir no Tribunal de Contas da União: “Seg (segunda), em BSB (Brasília), vou pra cima do TCU. Darei notícias”, diz o ministro do Turismo.
Os diálogos indicam que a operação envolveria tratativas com o então ministro do TCU Valmir Campelo Bezerra, que na época relatava processo sobre a Arena das Dunas. Na ocasião, após receber denúncia de irregularidades do Ministério Público Federal, o tribunal abriu um processo para acompanhar o financiamento da obra.
Em outra mensagem, de 22 de junho de 2013, Alves diz a Léo Pinheiro que poderia marcar com o presidente do TCE-RN. Já marcaria com o Pres TC, irmão do Garibaldi", afirmou. Na época, o presidente da corte era Paulo Roberto Chaves Alves, irmão do senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), primo do ministro.
O ministro admitiu ter auxiliado a OAS. “Ele (Léo Pinheiro) mobilizou o governo, todo mundo para ajudar. Isso porque podia paralisar a obra e o estádio não seria entregue a tempo para a Copa”, afirmou. Valmir Campelo disse não se recordar de tratativas com Alves e ressaltou que não admitiria interferência em processos. A OAS não comentou. Paulo Roberto Chaves Alves não foi localizado.

Após pedalar em Porto Alegre, Dilma Rousseff embarcou para Brasília

A presidente Dilma Rousseff, retornou a Brasília na tarde deste domingo, após passar quatro dias com família na Capital gaúcha. A previsão do Palácio do Planalto é de que a presidente embarque entre 14h e 15h. Ela chegou a Porto Alegre na quinta-feira passada, quando nasceu seu segundo neto, Guilherme.
Na manhã deste domingo, a presidente foi vista andando de bicicleta na Orla do Guaíba, na Capital, seguindo o hábito adquirido em Brasília. Ela estava acompanhada por dois seguranças e usava capacete, óculos e luvas. O local por onde Dilma pedalou fica próximo de seu apartamento e também da casa de sua filha, Paula, na zona Sul da cidade.
A filha e o neto recém-nascido da presidente tiveram alta do Hospital Moinhos de Vento na manhã de sábado. Guilherme nasceu pesando 3,940 quilos e medindo 51 centímetros. O nenê era esperado desde o fim de dezembro, tanto que a presidente optou por passar o Natal e o Ano-Novo em Porto Alegre.
Durante todo o tempo em que permaneceram no hospital, não houve nenhum contato da família com a imprensa. Dilma se manifestou somente pelas redes sociais. Na própria quinta-feira, postou uma foto com o bebê nos braços. "Apresento a vocês meu neto Guilherme. Assim como Gabriel, vai alegrar a minha vida", diz o texto que acompanhava a postagem.
Sem compromissos oficiais, a presidente dividiu o tempo em Porto Alegre entre as visitas à maternidade do hospital e os cuidados com o neto mais velho, Gabriel, de 5 anos, primeiro filho de Paula, que tem 39 anos e é procuradora do trabalho no Rio Grande do Sul.