Um dos emissários do doleiro Alberto Youssef, Carlos Alexandre de Souza Rocha, conhecido como Ceará, afirmou, em sua delação premiada na Operação Lava Jato, que tomou conhecimento sobre o pagamento de propina "ao líder do PSDB", que supõe ser o ex-presidente da legenda, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), para prejudicar as investigações da CPI da Petrobras instalada em 2009.
Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa também já haviam feito relatos sobre o pagamento de propina a Guerra em suas delações premiadas na Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na estatal de petróleo.
Em depoimento específico sobre a CPI da Petrobras criada em 2009, Rocha disse que "sabe que foi feito o pagamento de
R$ 10 milhões ao líder do PSDB no caso, mas não sabe como isso foi feito". Segundo o delator, Youssef disse a ele que, "para abafar a CPI da Petrobras, teria que entregar R$ 10 milhões para o líder do PSDB no Congresso Nacional, além de outros valores para outros políticos". Rocha relatou que o doleiro não citou o nome de Guerra, morto em 2014, como destinatário da propina, mas ele "sabia que Sérgio Guerra era o líder do PSDB no Congresso Nacional, inclusive pelo fato de ele ser senador pelo estado de Pernambuco, onde o declarante nasceu e tem familiares".