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Governo Federal

- Publicada em 06 de Janeiro de 2016 às 19:11

Michel Temer apela por consenso no PMDB

Michel Temer dá entrevista após encontro com Jaques Wagner

Michel Temer dá entrevista após encontro com Jaques Wagner


VALTER CAMPANATO/ABR/JC
Com a proximidade da convenção nacional do PMDB, que poderá alterar em março o comando do partido, o vice-presidente Michel Temer - atual presidente da sigla - fez um apelo, nesta quarta-feira, a deputados federais da sigla para que eles não agravem a divisão interna na legenda.
Com a proximidade da convenção nacional do PMDB, que poderá alterar em março o comando do partido, o vice-presidente Michel Temer - atual presidente da sigla - fez um apelo, nesta quarta-feira, a deputados federais da sigla para que eles não agravem a divisão interna na legenda.
O receio do peemedebista é de que um racha no processo de escolha do novo líder da sigla na Câmara, marcado para fevereiro, possa gerar novo conflito entre as bancadas do partido de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, fortalecendo movimentos que articulam a saída do vice-presidente do comando peemedebista.
Em encontro com parlamentares do partido, Temer pediu um esforço pela unidade da sigla e defendeu que ela chegue a um consenso sobre a escolha do novo líder para evitar que a bancada peemedebista saia do processo ainda mais fragilizada.
A fim de evitar se indispor tanto com a ala carioca como com a mineira, as duas com maior peso na convenção nacional da sigla, o vice-presidente pretende não colocar diretamente suas digitais no processo, o que deve ficar a cargo, caso seja necessário uma intervenção, de aliados como os ex-ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco.
A definição das regras para a eleição do novo líder do PMDB na Câmara, em fevereiro, criou uma crise na bancada do partido, rachada entre defensores e opositores do governo da presidente Dilma Rousseff (PT).
Na tentativa de impedir a reeleição de Leonardo Picciani (PMDB-RJ), considerado aliado do Palácio do Planalto, parlamentares favoráveis ao impeachment têm buscado o apoio de Temer para que seja cumprido acordo que foi estabelecido no início do ano passado, quando o peemedebista carioca foi eleito.
Por essa nova regra, o atual líder só poderá ser reencaminhado ao cargo caso obtenha o apoio de dois terços da bancada do partido, ou seja, de 46 dos 69 deputados federais.
O acordo, contudo, é questionado por Picciani. Ele defende que seja mantido critério utilizado no início do ano passado, segundo o qual a eleição de um líder ocorre pelo apoio da maioria, o que exigiria menos votos para sua reeleição.
Em dezembro, o vice-presidente atuou para evitar o retorno de Picciani à liderança da bancada do partido depois de ele ter sido retirado por uma lista assinada por mais da metade dos deputados federais da legenda.
Na época, a executiva nacional do PMDB, presidida por Temer, publicou resolução para evitar a filiação de parlamentares favoráveis ao peemedebista carioca.
Em retaliação ao vice-presidente, o Planalto e o PMDB no Senado conseguiram reverter a decisão e reconduziram Picciani ao posto oito dias depois de ele ter sido substituído por Leonardo Quintão (PMDB-MG).
Com o feriado do Carnaval, a eleição do novo líder deve ser realizada na segunda ou na terceira semana de fevereiro. Para chegar a um consenso, a bancada se reunirá na próxima terça-feira para discutir os critérios de escolha.

Não há 'coelho na cartola' para a economia, diz Wagner

O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner (PT), afirmou ontem que o governo não trabalha com nenhuma solução mágica para a economia e que aqueles que mantêm essa expectativa não serão correspondidos. "Muita gente fica perguntando quando sairá a grande notícia. Nós não estamos mais em tempos de pacotes e grandes notícias", disse, após reunir-se com o vice-presidente Michel Temer (PMDB) para tentar refazer a relação do peemedebista com o governo.
De acordo com Wagner, os ministros da Fazenda, Nelson Barbosa, e o do Planejamento, Valdir Simão, estão cuidando das ações para a retomada da economia, mas não há previsão de nada "bombástico". "Parece que estão esperando qual é o 'coelho da cartola'. Não tem 'coelho na cartola', vamos continuar buscando equilíbrio macroeconômico e fiscal", afirmou. Wagner disse ainda que o governo sabe que a recuperação econômica será feita de forma "paulatina". "Temos consciência de que as coisas serão passo a passo retomando a confiança empresários interna e externamente."
Após o encontro com o vice-presidente Michel Temer, Wagner afirmou que acredita que o processo de impeachment vai ser derrotado na Câmara e que o governo continua com pressa para tirar o assunto da pauta. "A sociedade brasileira espera que a classe política brigue um pouco menos para que se abra espaço para cuidar do principal", disse.
Wagner também minimizou a disputa interna do PMDB na escolha do novo líder na Câmara. No ano passado, o Planalto atuou para reconduzir Leonardo Picciani para o posto. O deputado havia sido destituído do cargo pela ala pró-impeachment. Agora, os dois grupos estão novamente disputando a liderança.

Ministro defende que País precisa superar disputa política 'mesquinha'

O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva (PT), afirmou ontem, em texto publicado em seu blog, que o País terá condições de reverter a situação econômica adversa se "o diálogo vencer as mesquinhas disputas político-partidárias". O petista inicia o texto defendendo que boa parte da turbulência econômica no Brasil ocorre em decorrência do cenário internacional.
"A dificuldade de retomada do crescimento econômico internacional, comprovada por esse cenário de início de ano, mostra quão acertada está a presidente Dilma Rousseff (PT) em construir propostas que dinamizem a economia interna", escreve o ministro. Edinho defende "a construção de uma agenda de consenso", como pré-requisito para que a situação seja revertida.
No texto, de cinco parágrafos, Edinho não cita nenhuma das dificuldades políticas pelas quais a presidente Dilma Rousseff passa, como o processo de impeachment que a ameaça, o avanço da Operação Lava Jato e o racha interno do PMDB.