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Governo do Estado

- Publicada em 05 de Janeiro de 2016 às 22:18

'Ninguém fica com o efetivo de hoje', diz Sartori

Apesar da reedição do contingenciamento de gastos, aprovados em concurso podem ser chamados para reforçar a Brigada neste ano

Apesar da reedição do contingenciamento de gastos, aprovados em concurso podem ser chamados para reforçar a Brigada neste ano


MARCELO G. RIBEIRO/JC
O governador José Ivo Sartori (PMDB) admitiu ontem, em entrevista exclusiva ao Jornal do Comércio no Palácio Piratini, que o contingente de policiais no Estado precisa ser reforçado. Mesmo com a recém-aprovada Lei de Responsabilidade Fiscal estadual e a possível reedição do decreto de contingenciamento de gastos, o Executivo pode chamar novos servidores para a área de segurança em 2016 a Brigada Militar espera a vinda de 2 mil aprovados em concurso público; para Polícia Civil, passaram 661 candidatos. "Mais cedo ou mais tarde todos vão ter que ser chamados. Ninguém fica com o efetivo que existe hoje em dia. Eu mesmo sempre defendi que a gente tem que aumentar o efetivo, tanto da Polícia Civil quanto da Polícia Militar", afirmou o governador.
O governador José Ivo Sartori (PMDB) admitiu ontem, em entrevista exclusiva ao Jornal do Comércio no Palácio Piratini, que o contingente de policiais no Estado precisa ser reforçado. Mesmo com a recém-aprovada Lei de Responsabilidade Fiscal estadual e a possível reedição do decreto de contingenciamento de gastos, o Executivo pode chamar novos servidores para a área de segurança em 2016 a Brigada Militar espera a vinda de 2 mil aprovados em concurso público; para Polícia Civil, passaram 661 candidatos. "Mais cedo ou mais tarde todos vão ter que ser chamados. Ninguém fica com o efetivo que existe hoje em dia. Eu mesmo sempre defendi que a gente tem que aumentar o efetivo, tanto da Polícia Civil quanto da Polícia Militar", afirmou o governador.
Sartori, entretanto, informou que a quantidade de reforços depende do caixa do Piratini, e que a medida ainda está em estudo. "É possível que vá contratar (em 2016), estamos estudando, analisando dado por dado, situação por situação, momento por momento. Será para a segurança e também outras áreas. Agora, tem lugares, por exemplo, que se disser que vai contratar 1.500 (servidores), no dia seguinte vai precisar de 3 mil. É preciso uma readequação de todos os recursos humanos, no sentido de ver qual é a necessidade urgente e qual é a situação que resolve."
O chefe do Executivo ainda defendeu a opção política de não ter contratado ninguém em 2015. "Se não tem condições hoje de manter em dia o pagamento de quem está trabalhando, como vai colocar mais gente? Foi isso que pensamos e acho que foi uma atitude corajosa não contratar ninguém no ano de 2015."
A reedição do decreto de contingenciamento de gastos, esperado para os próximos dias, pode excluir o veto a contratações. "Talvez não seja tudo (incluído de novo no decreto). Mas algumas medidas de contingenciamento vamos ter que ter. Até do orçamento, mesmo tendo sido aprovado um orçamento real na Assembleia Legislativa, vamos ter que ter cuidado."
No início do seu governo, em janeiro de 2015, Sartori reduziu secretarias, fez cortes em custeio, gastos com passagens, diárias, horas extras, cargos em comissão (CCs), congelou as promoções dentro do serviço público e não fez contratações para repor o quadro de servidores.
Sartori não informou quando será publicada a medida oficializando a continuidade do contingenciamento de gastos em 2016. "Quando? Não temos claro ainda, temos um tempo pela frente pra avaliar, vamos fazer uma análise muito serena, tranquila."
No ano passado, a área da segurança pública foi uma das mais atingidas pelo decreto, pois sofreu com o corte no pagamento de horas extras para policiais da Brigada Militar (expediente que vinha sendo utilizado para compensar o déficit no efetivo) e suspendeu o chamamento dos aprovados nos concursos da BM e Polícia Civil.
Segundo a Associação de Cabos e Soldados Policiais Militares, a Brigada Militar possui um efetivo de 21 mil policiais, incluindo a categoria dos bombeiros, mas necessita de cerca de 33,7 mil trabalhadores.

'Sensação de segurança não melhorou em nenhum estado brasileiro' e quadro ainda pode piorar

"A sensação de segurança não melhorou aqui e não melhorou em nenhum estado brasileiro (em 2015)." A avaliação é do governador José Ivo Sartori (PMDB), que vê a possibilidade de o quadro piorar, se a crise econômica se intensificar no País em 2016. "A medida que houver desaquecimento econômico, essas questões (de segurança pública) vão se tornar mais salientes ainda, essa é a perspectiva. Mas eu sou pai de família, tenho filhos, sei o que é isso, não me coloco fora, estou dentro do processo. Agora, tem que ver as condições que nós temos."
Apesar das dificuldades, o governador vê aspectos positivos no trabalho feito em 2015. "Eu acho que foi feito um bom serviço na área da segurança durante esse ano, melhorou muito em equipamentos, avançou bastante em tecnologia, no monitoramento de municípios", exemplificou.
Sartori também disse que foram priorizados quadros de maior criminalidade e combate ao tráfico de drogas, o que repercutiu no trabalho. "Em 2015, a Brigada Militar prendeu mais de 100 mil pessoas. Houve um trabalho muito avançado. A inteligência melhorou, os equipamentos da Copa do Mundo estão servindo muito bem."
O governador ainda destacou o monitoramento nas cidades gaúchas de fronteira e região, o combate ao abigeato e o trabalho em escolas. "É preciso prevenir, promover a cultura da paz nas escolas, sem drogas, e a família tem que ir para dentro da escola." Sartori pregou a união de todos para melhorar a segurança. "Sem toda sociedade participar, não vai mudar. É preciso que todos ajudem."