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Opinião

- Publicada em 29 de Janeiro de 2016 às 17:34

Bernardo Padeiro

Em 22 de janeiro, faleceu meu sogro, senhor Bernardino Ernani da Costa, conhecido na cidade de São Sebastião do Caí e no Vale do Caí como Bernardo Padeiro. Seu Bernardo exerceu por muitos anos o antigo ofício da entrega do pão em uma carroça. Da padaria aos lares, levava o pão fresco e a boa conversa, tornando-se uma figura mítica e respeitada na região, também por seu carisma e franqueza.
Em 22 de janeiro, faleceu meu sogro, senhor Bernardino Ernani da Costa, conhecido na cidade de São Sebastião do Caí e no Vale do Caí como Bernardo Padeiro. Seu Bernardo exerceu por muitos anos o antigo ofício da entrega do pão em uma carroça. Da padaria aos lares, levava o pão fresco e a boa conversa, tornando-se uma figura mítica e respeitada na região, também por seu carisma e franqueza.
Extrovertido e com um forte espírito de coletividade, Bernardo Padeiro não era um homem comum, mas, sim, alguém que fazia a diferença por saber dividir vida com quem interagia. Um tipo de conduta rara hoje em dia. Meu pai, Oscar da Silva Rodrigues, por coincidência, faleceu no dia do aniversário do meu sogro, 21 de maio. Mas lá estava Bernardo na cerimônia, cumprindo sua presença para umas últimas palavras ao meu velho e trazendo um pouco do pão da vida à nossa família em forma de conforto e oração. Isso foi em 1994, e eu ainda sequer era casada com seu filho Pedro. Ao longo dos 26 anos em que convivi com Bernardo, saliento sua solidariedade e altruísmo com a comunidade como maior lição que me deixou. Que podemos estender as mãos para além de nosso núcleo familiar. Inúmeros relatos de moradores da região fazem testemunho na prosa diária que ele exercia um profundo espírito coletivo, talvez aflorado por seu próprio ofício. E conhecia a cidade como poucos, pois ajudou a construir sua história.
Bernardo Padeiro deixa seis filhos e cinco netos que, com certeza, passarão adiante seu legado. Como disse nossa filha Luíse, de oito anos, sua neta mais nova: "O vô agora está em outro lugar". Fico imaginando como será essa dimensão que acolherá alguém tão repleto de atitude.
Palavras bonitas vestem; mas são os atos que fazem a vida ao construí-la e ao abrigá-la. Assim me ensinou meu sogro, Bernardo Padeiro, quem levou o pão e boas ações a muitos.
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