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Opinião

- Publicada em 28 de Janeiro de 2016 às 15:35

Insegurança grassa e prejudica atividade comercial

A tendência de todos nós, diante do noticiário de crimes hediondos, é a de pedir um castigo muito forte. De preferência, logo após a prisão do culpado. Se é uma emoção válida, tem pouca ou quase nenhuma racionalidade.
A tendência de todos nós, diante do noticiário de crimes hediondos, é a de pedir um castigo muito forte. De preferência, logo após a prisão do culpado. Se é uma emoção válida, tem pouca ou quase nenhuma racionalidade.
Temos sentimentos como raiva, tristeza e vontade de vingança. Nem por isso podemos sair por aí fazendo justiça com as próprias mãos ou de maneira draconiana.
Por isso, os mais de 40 mil homicídios registrados anualmente no País indicam o fracasso do modelo de segurança pública brasileiro nos últimos 20 anos. Evidentemente que mesmo se levando em conta uma população de 200 milhões de habitantes, é um número assustador.
Neste total estão computados crimes passionais, fortuitos, por brigas e não, necessariamente, premeditados. De qualquer forma, são 40 mil assassinatos, e o que fica é uma impotência social e individual muito grande.
Mesmo com o heroísmo de policiais civis, militares e federais, dos nossos bombeiros e dos guardas municipais na segurança pública, é um número assustador. É claro que somente a força bruta, o armamento, mais policiais e o enfrentamento não surtirão o efeito desejado.
Violência pura, sem inteligência e, muito mais, sem ações preventivas jamais será a solução apropriada, muito menos a definitiva. Entretanto, o medo generalizado de assaltos está prejudicando até mesmo as atividades comerciais aqui em Porto Alegre, por exemplo.
Além disso, somos mortais. Nos últimos tempos, o noticiário policial, com a sucessão de crimes cruéis se é que todo crime não é cruel , deixou a população com medo. Mata-se primeiro para só depois se dizer que apenas o marginal queria o carro, celular, dinheiro ou outro bem, geralmente para trocá-lo por drogas.
Este medo vai crescendo, em proporção geométrica, por todo o Rio Grande do Sul e no Brasil. A morte ronda cada cidadão, como se todos fossem objetos de uma roleta russa. E isso se reflete até mesmo no comércio varejista, de rua, no qual, sem proteção, os proprietários, funcionários e clientes são vítimas fáceis de serem dominadas, pegos de surpresa que são.
Então, se todos se sentem frágeis é porque o Estado não oferece segurança pública. Mais educação, moradia, emprego e estrutura familiar é que, realmente, farão cair os números da criminalidade no Brasil. Isso no longo prazo. No curto, espera-se mais policiamento nas ruas.
A vida sempre é cantada em prosa e verso, mas vale muito pouco nas cidades. Apesar da ausência do culto à morte, esta tornou-se companheira da mais singela ação em nossas ruas. Já não se pode andar a pé, andar em veículo particular ou usar transporte coletivo sem medo da morte.
Evidentemente que precisamos de modelos familiares, de muita educação curricular e de maneiras e de ocupação, de emprego. Sobre esse tripé, se assenta a drástica diminuição da criminalidade, seja no Brasil, nos Estados Unidos ou na Bolívia. Uma criança criada em uma família com alguma estrutura sadia, indo à escola e que, quando adulta, obtiver um trabalho, certamente terá quase 100% de chances de ser um cidadão ou cidadã que se portará de acordo com os bons costumes, dentro da lei e, normalmente, não cometerá atos de violência.
Mas, hoje, a insegurança é total, sem dia, hora ou local para sermos a próxima vítima. E isso tem que acabar ou, pelo menos, diminuir. Imediatamente.
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