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Opinião

- Publicada em 13 de Janeiro de 2016 às 18:23

Paris e o rei das bestas

O Terror (La Terreur, na denominação original) foi o nome dado a um decurso de tempo - setembro de 1793 a julho de 1794 - da Revolução Francesa, onde foram mortos quase 20 mil suspeitos de atentarem contra o regime. De lá para cá, o terror vem sendo aperfeiçoado pela insânia do "rei das bestas", título dado por Leonardo da Vinci ao homem.
O Terror (La Terreur, na denominação original) foi o nome dado a um decurso de tempo - setembro de 1793 a julho de 1794 - da Revolução Francesa, onde foram mortos quase 20 mil suspeitos de atentarem contra o regime. De lá para cá, o terror vem sendo aperfeiçoado pela insânia do "rei das bestas", título dado por Leonardo da Vinci ao homem.
Norberto Bobbio, em seu Dicionário de Política, consigna que o terrorismo tanto pode ser instrumento de libertação nacional quanto meio de governo para se manter no poder. Existe também o terrorismo praticado por Estados nacionais delinquentes. É o terrorismo dos bons e dos maus, dependendo da visão do analista. Jean-Paul Sartre colocou na boca do personagem Goetz, em Le Diable et le Bon Dieu, palavras que traduzo livremente: "Eu queria o Bem: tolice. Sobre esta terra e nestes tempos, o bem e o mal são inseparáveis; eu aceito ser mau para me tornar bom".
Em todas as guerras e em todos os atos terroristas, a besta fera age como Goetz, que acabou por concluir que, para transformar o mundo, a violência, às vezes, é necessária. Deveras. Quem não lembra da menina vietnamita Phan Thi Kim Phuc, hoje morando nos EUA devido à munificiência do anjo bom, correndo nua com outras crianças, durante ataque com napalm despejado de aviões norte-americanos, momento esse registrado em foto histórica?
Os atentados de Paris, que produziram 130 mortos e 352 feridos, assim como os de Madri etc., não renasceram das cinzas de 11 de setembro de 2001. A bestialidade é inata aos bárbaros. "O tempo dos assassinos" (Rimbaud) é eterno. A miopia das trevas impede que civilidade e humanidade sejam a mesma coisa, como diz Adorno. Tem razão o filósofo Michel Onfray, que consigna, em sua obra La Philosophie Féroce, que os três monoteísmos, "o judaísmo, o cristianismo e o islã apodrecem a vida de milhões de indivíduos no planeta, fomentam guerras, conflitos, ódios dirigidos contra si, os outros e o mundo", detestando os humanos que não se devotam ao mesmo Deus que os deles.
Advogado
 
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