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Internacional

- Publicada em 19 de Janeiro de 2016 às 15:18

Conflito já deixou mais de 18 mil mortos em menos de dois anos

 int - violência provoca evacuação de moradores do Iraque.    Iraqi security forces evacuate civilians as they clear the Sufia area on the outskirts of Ramadi on January 14, 2016, two weeks after declaring victory against the Islamic State (IS) group. IS fighters had planted thousands of roadside bombs and booby traps across the city, slowing the advance of ground forces vastly outnumbering them and supported by air strikes from the  Iraqi air forces and US-led coalition.  / AFP / MOADH AL-DULAIMI

int - violência provoca evacuação de moradores do Iraque. Iraqi security forces evacuate civilians as they clear the Sufia area on the outskirts of Ramadi on January 14, 2016, two weeks after declaring victory against the Islamic State (IS) group. IS fighters had planted thousands of roadside bombs and booby traps across the city, slowing the advance of ground forces vastly outnumbering them and supported by air strikes from the Iraqi air forces and US-led coalition. / AFP / MOADH AL-DULAIMI


MOADH AL-DULAIMI/AFP/JC
A Organização das Nações Unidas (ONU) alerta que a violência no Iraque continua "assombrosa", sendo que mais de 18 mil civis morreram e outros 36 mil ficaram feridos entre janeiro de 2014 e outubro de 2015. Em relatório publicado ontem, a ONU também disse que o conflito provocou o deslocamento de cerca de 3,2 milhões de pessoas no período, dentre as quais 1 milhão de crianças em idade escolar.
A Organização das Nações Unidas (ONU) alerta que a violência no Iraque continua "assombrosa", sendo que mais de 18 mil civis morreram e outros 36 mil ficaram feridos entre janeiro de 2014 e outubro de 2015. Em relatório publicado ontem, a ONU também disse que o conflito provocou o deslocamento de cerca de 3,2 milhões de pessoas no período, dentre as quais 1 milhão de crianças em idade escolar.
A região mais afetada pela violência foi a província de Bagdá, que registrou quase 1.800 mortos e 4.300 feridos entre maio e outubro de 2015, período em que agentes da ONU fizeram o relatório. Os números correspondem a cerca de metade do total de mortos e feridos registrados em todo o país no período. A entidade aponta que os índices podem ser ainda maiores, porque não se sabe o número de pessoas atingidas por efeitos secundários do conflito, como escassez de comida, água e atendimento médico.
Nos últimos anos, voltou a crescer a violência sectária no Iraque, estimulada pela ascensão da milícia radical Estado Islâmico (EI), que declarou em junho de 2014 um califado em partes do país e da vizinha Síria. O relatório aponta que o EI cometeu diversos crimes contra a população civil, incluindo execuções públicas, recrutamento de menores e a escravização e a exploração sexual de crianças e mulheres. A ONU estima que cerca de 3.500 pessoas permaneçam escravizadas pelos terroristas, sendo a maioria delas crianças e mulheres da minoria religiosa yazidi.
"O EI continua a mirar deliberadamente comunidades étnicas e religiosas por meio de uma série de abusos e crimes como parte de sua política de supressão, expulsão e eliminação dessas comunidades, empregando a violência sexual como tática de guerra", diz o relatório da ONU. O documento também indica violações de direitos humanos cometidas pelas Forças Armadas iraquianas, por milícias aliadas e pelas tropas peshmerga, da minoria curda. Entre as violações citadas há bombardeios contra civis e restrições de movimento pelo país. 
"Este relatório joga luz sobre o persistente sofrimento dos civis no Iraque e ilustra duramente aquilo de que tentam escapar refugiados iraquianos quando fogem para a Europa e outras regiões. Este é o horror que eles enfrentam em sua terra", declarou o alto comissário da ONU para os direitos humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein. 
Embora os índices de violência contra civis apontados pela ONU sejam alarmantes, continuam abaixo dos registrados durante o pico dos conflitos sectários no Iraque, entre 2006 e 2007. O documento de 35 páginas foi produzido pelo Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos (Acnudh) e pela Missão de Assistência da ONU para o Iraque (Unami).
 
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