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Internacional

- Publicada em 04 de Janeiro de 2016 às 14:51

Líder oposicionista presidirá o Congresso

Ramos teve ajuda de ala radical para vencer

Ramos teve ajuda de ala radical para vencer


RONALDO SCHEMIDT/AFP/JC
O líder oposicionista Henry Ramos Allup, do partido Ação Democrática (AD), foi escolhido, no domingo à noite, como novo presidente da Assembleia Nacional da Venezuela. Ramos, que deve assumir o cargo nos próximos dias, é conhecido por suas fortes críticas ao governo do presidente Nicolás Maduro.
O líder oposicionista Henry Ramos Allup, do partido Ação Democrática (AD), foi escolhido, no domingo à noite, como novo presidente da Assembleia Nacional da Venezuela. Ramos, que deve assumir o cargo nos próximos dias, é conhecido por suas fortes críticas ao governo do presidente Nicolás Maduro.
Em uma eleição marcada pela maioria oposicionista, que venceu o pleito legislativo de dezembro, Ramos derrotou o candidato Julio Borges, membro do partido Primeiro Justiça (PJ), uma nova e mais moderada legenda que ficou com a maioria dos assentos do bloco de oposição.
Embora o novo presidente não tenha participado dos recentes protestos nas ruas contra o governo, ele ganhou a eleição com a ajuda da ala mais radical da oposição, que organiza manifestações e atos antigovernistas. Já partidários de Borges defendem a negociação e o foco nas eleições.
Em seu discurso, o novo presidente da Assembleia Nacional disse que a próxima legislatura irá mostrar aos venezuelanos um caminho mais democrático. "Pedimos ao povo que assista a nós, que nos peça por mais e que nos vigie para que cumpramos o que prometemos", ressaltou.
No início de dezembro, a oposição conquistou, por apenas um assento, a "supermaioria" de dois terços do Congresso, o que lhe garante, em tese, poderes para aprovar reformas constitucionais, designar ou remover magistrados do Tribunal Supremo de Justiça e nomear os reitores do Conselho Nacional Eleitoral, o promotor-geral e o defensor público, entre outros postos.
Entretanto, desavenças políticas e estratégicas entre os partidos oposicionistas devem dificultar a aprovação de projetos mais ambiciosos, disse R. Evan Ellis, professor de estudos latino-americanos do Instituto de Estudos Estratégicos da Universidade do Exército dos Estados Unidos. "Imagino que o governo também irá usar uma combinação de incentivos pessoais e intimidações legais para tentar cooptar parte dos membros do novo Congresso", argumentou.
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