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Saúde

- Publicada em 27 de Janeiro de 2016 às 17:19

Forças militares atuarão contra o Aedes aegypti

 geral - forças militares no combate ao mosquito aedes aegypti - Fotos PH Freitas - MD (1)

geral - forças militares no combate ao mosquito aedes aegypti - Fotos PH Freitas - MD (1)


PH FREITAS/MD/DIVULGAÇÃO/JC
Depois de uma declaração polêmica do ministro da Saúde, Marcelo Castro, que afirmou que o Brasil "perde feio" a batalha contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor do zika vírus, da dengue e da febre chikungunya, o Ministério da Defesa decidiu mostrar que não está de brincadeira. Ontem, o ministro Aldo Rebelo detalhou como funcionará o ataque ao mosquito, que envolverá o efetivo das três forças militares do País. A ideia é que 220 mil homens atuem nessa frente, o que corresponde a cerca de 60% de todo efetivo do Exército, Marinha e Aeronáutica.
Depois de uma declaração polêmica do ministro da Saúde, Marcelo Castro, que afirmou que o Brasil "perde feio" a batalha contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor do zika vírus, da dengue e da febre chikungunya, o Ministério da Defesa decidiu mostrar que não está de brincadeira. Ontem, o ministro Aldo Rebelo detalhou como funcionará o ataque ao mosquito, que envolverá o efetivo das três forças militares do País. A ideia é que 220 mil homens atuem nessa frente, o que corresponde a cerca de 60% de todo efetivo do Exército, Marinha e Aeronáutica.
Segundo o ministro, 50 mil homens atuarão diretamente visitando residências para eliminar focos de proliferação do mosquito e orientar moradores. Essa ação ocorrerá entre os dias 15 e 18 de fevereiro e será articulada em conjunto com o Ministério da Saúde e com os governos estaduais e municipais. Atualmente, o número de militares que estão nas ruas é de 2 mil. A tropa completa, de 220 mil homens, vai ser mobilizada para atuar em campanha de caráter educativo, com a entrega de panfletos com orientações à população. A mobilização está prevista para ocorrer no dia 13 de fevereiro, e a ideia é visitar 3 milhões de casas em 356 municípios - 115 deles considerados endêmicos.
Rebelo evitou criticar o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo ministro da Saúde e afirmou que já há militares ajudando no combate da epidemia em cidades onde a situação está mais crítica. "Nós atuamos quando somos convocados. Esse esforço maior de participação é correspondente ao esforço que o governo vem fazendo para erradicar o mosquito", disse. O anúncio de ontem faz parte de uma medida da presidente Dilma Rousseff para mostrar à população que o governo está desenvolvendo ações concretas para combater o mosquito.
Ainda nessa linha, Castro começou a negociar a compra de repelentes para fornecer a cerca de 400 mil grávidas inscritas no Programa Bolsa Família. Acompanhado do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, o ministro da Saúde garantiu que o governo já tem os recursos necessários para adquirir os repelentes e reforçou o caráter urgente da medida. As empresas devem dar uma resposta até amanhã sobre a quantidade que cada uma pode fornecer imediatamente.

País tem 3.448 casos suspeitos de microcefalia, 270 já confirmados e seis ligados ao zika vírus

O Ministério da Saúde investiga 3.448 casos suspeitos de microcefalia em todo o Brasil. O mais recente boletim epidemiológico divulgado pela pasta aponta que 270 casos já foram confirmados, sendo que seis têm relação com o zika vírus. Outros 462 casos notificados já foram descartados. Ao todo, foram registrados 4.180 casos suspeitos de microcefalia até 23 de janeiro.
Também foram notificados 68 óbitos por má-formação congênita após o parto (natimorto) ou durante a gestação (aborto espontâneo). Destes, 12 foram confirmados para a relação com infecção congênita, todos na região Nordeste, sendo dez no Rio Grande do Norte, um no Ceará e um no Piauí. Seguem sendo investigadas 51 mortes - outras cinco já foram descartadas.
Os 4.180 casos noticiados desde o início das investigações, no dia 22 de outubro de 2015, foram registrados em 830 municípios de 24 estados brasileiros. A região Nordeste concentra 86% das ocorrências, sendo que Pernambuco continua com o maior número que permanece em investigação, 1.125 no total. Apenas Acre, Amapá, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe ainda não registraram casos autóctones.