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- Publicada em 26 de Janeiro de 2016 às 22:09

Projeto inovador vai usar plantas na limpeza do arroio Dilúvio

Barreira estará pronta para fase experimental em março deste ano

Barreira estará pronta para fase experimental em março deste ano


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Suzy Scarton
A ideia parece utópica, mas, de acordo com especialistas, é totalmente viável. Para tentar amenizar a poluição do arroio Dilúvio, na avenida Ipiranga, a prefeitura de Porto Alegre, em parceria com a empresa de certificações digitais Safeweb, vai instalar uma barreira ecológica que conterá qualquer resíduo sólido que flutue pelo arroio, em até 20 centímetros de profundidade. Além da barreira, também serão colocadas plantas hidropônicas, que processam os resíduos orgânicos encontrados na água, ajudando a limpá-la.
A ideia parece utópica, mas, de acordo com especialistas, é totalmente viável. Para tentar amenizar a poluição do arroio Dilúvio, na avenida Ipiranga, a prefeitura de Porto Alegre, em parceria com a empresa de certificações digitais Safeweb, vai instalar uma barreira ecológica que conterá qualquer resíduo sólido que flutue pelo arroio, em até 20 centímetros de profundidade. Além da barreira, também serão colocadas plantas hidropônicas, que processam os resíduos orgânicos encontrados na água, ajudando a limpá-la.
O investimento, de cerca de R$ 250 mil, será realizado pela Safeweb. De acordo com o prefeito José Fortunati, a Ecobarreira, como está sendo chamada, será inaugurada em fase experimental em março, entre as avenidas Borges de Medeiros e Edvaldo Pereira Paiva (Beira-Rio). A base da obra é composta de pórtico, troller, esteira, monovia e contêiner de coleta. Depois de mais ou menos um mês, será possível avaliar os resultados.
"Esperamos que o sistema possa fazer com que a água que chega no lago Guaíba esteja em melhores condições", afirma Fortunati. A barreira deverá ser aperfeiçoada para se consolidar, e a vegetação pode durar até 50 anos.
O engenheiro agrônomo João Manuel Linck Feijó, da Ecotelhado, empresa que desenvolve soluções verdes e vai implantar as ilhas flutuantes, explica que o telhado vegetal será formado por plantas cujas raízes se alimentam dos nutrientes trazidos pelo arroio, como fósforo, nitrogênio e potássio. Assim, a água vai ficando mais limpa, na medida que os vegetais se alimentam do material orgânico. "É um processo que pode ser econômico e gerar lucro, algo que também é uma base da sustentabilidade. Com renda, as empresas se mantêm interessadas", comenta.
A poluição do Dilúvio e, consequentemente, do Guaíba não é responsabilidade apenas dos porto-alegrenses, já que parte do arroio passa por Viamão. Segundo a prefeitura, trabalhos de educação ambiental são realizados em escolas e comunidades dos dois municípios. "Tem dado resultados, mas queremos mais. Ficamos surpresos, porque ainda encontramos pneus, geladeiras e até automóveis no Dilúvio", lamenta Fortunati. 
Na última limpeza, realizada entre setembro e outubro de 2015, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana removeu mais de 65 toneladas de resíduos. De acordo com o prefeito, o Novo Código de Limpeza Urbana tem sido utilizado para notificar e multar pessoas que sejam flagradas poluindo o arroio.
A motivação da Safeweb, de acordo com o diretor de TI da empresa, Luiz Carlos Zancanella Júnior, diz respeito à cidade. "Vemos todos os dias aquele lixo sendo levado para o Guaíba e decidimos ajudar. Quem sabe isso estimule outras empresas", afirma.
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