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Limpeza urbana

- Publicada em 18 de Janeiro de 2016 às 21:36

Contêineres abrangerão 25% do lixo orgânico

Segundo Fortunati, restante da cidade só receberá serviço quando a crise passar

Segundo Fortunati, restante da cidade só receberá serviço quando a crise passar


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Apesar da duplicação de 1,2 mil para 2,4 mil contêineres em Porto Alegre, a ser concluída em março, a grande maioria da cidade ainda não é contemplada com a coleta automatizada. Hoje, das 1,2 mil toneladas de resíduos orgânicos recolhidas diariamente, apenas 150 toneladas são depositadas nos equipamentos. Com a ampliação do serviço, a abrangência será de 250 a 300 toneladas, alcançando até 25% do lixo produzido na Capital todos os dias. Por enquanto, somente os bairros mais centrais possuem o novo sistema, e não há previsão de aquisição de novos recipientes.
Apesar da duplicação de 1,2 mil para 2,4 mil contêineres em Porto Alegre, a ser concluída em março, a grande maioria da cidade ainda não é contemplada com a coleta automatizada. Hoje, das 1,2 mil toneladas de resíduos orgânicos recolhidas diariamente, apenas 150 toneladas são depositadas nos equipamentos. Com a ampliação do serviço, a abrangência será de 250 a 300 toneladas, alcançando até 25% do lixo produzido na Capital todos os dias. Por enquanto, somente os bairros mais centrais possuem o novo sistema, e não há previsão de aquisição de novos recipientes.
O serviço será executado pela empresa Conesul, vencedora da licitação. A implantação da primeira etapa, com instalação de 680 recipientes, será finalizada amanhã. Em março, serão colocados os 520 contêineres restantes. A duplicação permitirá o atendimento em 19 bairros, sendo 11 com abrangência total. Os locais que não tinham o serviço e agora passarão a ter são os bairros Auxiliadora, Bela Vista, Higienópolis, Mont'Serrat, Petrópolis e São João. Os bairros atendidos totalmente serão Centro Histórico, Independência, Bom Fim, Farroupilha, Cidade Baixa, Moinhos de Vento, Auxiliadora, Mont'Serrat, Bela Vista, Rio Branco e Praia de Belas.
Segundo o prefeito José Fortunati, os 1,2 mil primeiros contêineres instalados tornaram a cidade mais limpa. "Antes, tínhamos sacos colocados nas calçadas e abertos por animais ou moradores de rua, espalhando o conteúdo pelas vias e deixando o município com um aspecto sujo", recorda. Entre os ganhos da implantação dos equipamentos citados pelo gestor municipal estão a qualificação do espaço urbano, a conscientização sobre a importância da separação do lixo e o aumento da renda dos 800 ex-catadores empregados nas 19 unidades de triagem existentes em Porto Alegre.
Mesmo com o sucesso do sistema de coleta automatizada, não há previsão de aquisição de novos equipamentos por parte da prefeitura, nem mesmo para os resíduos orgânicos. "Só poderemos ampliar o atendimento quando a crise passar, pois o investimento é alto. Estudos estão sendo feitos, mas não temos prazo para estender", afirma Fortunati. Foram investidos R$ 14 milhões na licitação para a ampliação do sistema.
Quem fizer o descarte irregular dos resíduos, sem separá-los entre seco e orgânico, estará sujeito a multas de R$ 297,35 a R$ 4.757,62. De acordo com o diretor-geral do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), André Carús, o novo Código Municipal de Limpeza Urbana, que estabelece essas penalidades, começou a ser aplicado em abril de 2014 e já cobrou o equivalente a R$ 1 milhão em multas. "Elas se dão por denúncias ou pela ação presencial dos fiscais, quando ocorre o flagrante. Foram 8 mil denúncias, mais de 1,3 mil multas aplicadas e cerca de 1,8 mil notificações emitidas", informa.
A quantidade de lixeiras nas ruas também deve ser maior em breve. "Na segunda quinzena de fevereiro, iremos adquirir 5 mil lixeiras novas. Dessas, 3 mil serão instaladas em novos locais e 2 mil ficarão como reserva, para substituir os recipientes danificados", destaca o diretor-geral do DMLU.

Frequência maior na coleta seletiva busca ampliar a reciclagem de lixo na Capital

Concomitante à expansão da coleta automatizada, houve a ampliação da frequência da coleta seletiva. Todos os locais atendidos por contêineres também terão a coleta seletiva aumentada de dois para três dias por semana. Atualmente, 120 toneladas de resíduos sólidos são recolhidas todos os dias. Com a mudança, a meta é chegar a 200 toneladas recicladas.
Conforme o diretor-geral do DMLU, André Carús, está em seus planos a implantação da coleta automatizada também para o lixo seco. Entretanto, essa alteração depende do andamento do programa Todos Somos Porto Alegre. "É uma política de inclusão produtiva dos catadores na reciclagem. Na medida em que formos efetivamente incluindo aqueles que trabalham clandestinamente como catadores na reciclagem formal, podemos estudar a possibilidade de automatizar a coleta para resíduos seletivos", explica.