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Saúde

- Publicada em 14 de Janeiro de 2016 às 22:22

'É inevitável que o zika vírus chegue ao Rio Grande do Sul'

Registros de dengue na região Sudeste é motivo de alerta para região Sul

Registros de dengue na região Sudeste é motivo de alerta para região Sul


MARCELO G. RIBEIRO/JC
O Estado registrou até o momento apenas um caso de bebê com microcefalia decorrente do zika vírus, contraído no Nordeste do País durante a gestação da mãe. Em todo o Brasil, já são 3.530 ocorrências. De acordo com o secretário estadual da Saúde, João Gabbardo dos Reis, a região Sul ainda não apresenta circulação do vírus, mas isso é uma questão de tempo.
O Estado registrou até o momento apenas um caso de bebê com microcefalia decorrente do zika vírus, contraído no Nordeste do País durante a gestação da mãe. Em todo o Brasil, já são 3.530 ocorrências. De acordo com o secretário estadual da Saúde, João Gabbardo dos Reis, a região Sul ainda não apresenta circulação do vírus, mas isso é uma questão de tempo.
"É inevitável que o zika chegue no Rio Grande do Sul e, com isso, os casos de microcefalia. Queremos que seja a menor taxa possível. Com a velocidade que o vírus está se espalhando pelo Brasil, é uma questão de tempo, mas não sabemos quando irá acontecer. Esperamos que não seja nesse verão", alertou Gabbardo nesta quinta-feira, durante a apresentação da Operação Verão/2016 do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers).
O secretário ressaltou que as consequências do zika em adultos são banais, sendo que apenas 17% das pessoas apresentam sintomas. A maioria nem sabe que esteve doente e que pode ter transmitido a doença. "A preocupação é com as gestantes, que precisam tomar muitas precauções, como o acompanhando rigoroso do pré-natal, o uso de roupas compridas e repelente e evitar locais com a circulação do vírus. No momento, ainda não temos a recomendação sobre o adiamento da gravidez, mas outros estados já oficializaram a orientação. Esperamos que não aconteça aqui", destaca. Segundo ele, entre nove e 12 bebês nascem com microcefalia todos os anos no Estado, mas decorrentes de outras infecções.
Gabbardo afirmou que a preocupação tem aumentado com o avanço do zika pela região Sudeste, principalmente no estado de São Paulo, que tem um índice de dengue de 2 mil casos por 100 mil habitantes, o que demonstra grande infestação do mosquito Aedes aegypti. "Quando o zika começar a se espalhar por São Paulo, será uma catástrofe. No Rio Grande do Sul, a taxa é de dez casos de dengue por 100 mil habitantes. Mesmo menor, já tivemos índices muito mais baixos", explica.
Diante desta situação delicada, o secretário inaugura nesta sexta-feira, às 10h, a Sala de Monitoramento de Ações Estratégicas de Combate ao Aedes aegypti, instalada no 6º andar do Centro Administrativo Fernando Ferrari, e divulga os dados epidemiológicos de 2015 sobre dengue, zika e chikungunya.

Cremers lança campanha sobre cuidados durante o veraneio

Com foco na prevenção de problemas de saúde, o Cremers lançou nesta quinta-feira a Operação Verão/2016. A campanha Sem Cuidado, a Diversão Perde a Graça orienta a população sobre as precauções que devem ser tomadas para reduzir o risco de doenças, acidentes e problemas que possam prejudicar o veraneio. A operação, que será desenvolvida até março no Litoral gaúcho, foca em seis tópicos: mosquito Aedes aegypti, álcool e direção, HIV, câncer de pele, afogamento e desidratação.
Segundo o presidente do conselho, Rogério Wolf de Aguiar, a iniciativa busca alertar para cuidados individuais, mas de impacto social. "Precisamos ter responsabilidade pela nossa própria saúde e com situações que envolvem a coletividade", explica.
Por meio de mensagens na imprensa, outdoors nas principais rodovias que levam às praias e entrega de panfletos, o Cremers orienta sobre medidas imprescindíveis para o bem-estar e a saúde da população. Entre elas está o uso de protetor solar, o consumo de água e o uso de preservativos. "O álcool e a direção são um grave problema, mas destacamos que o consumo de bebidas alcoólicas influencia em todos os tipos de violência. Infelizmente, muitas pessoas não observam essa relação. Essa época festiva, com a proximidade do Carnaval, é propícia também para outras situações, como o contágio do HIV. Estimulamos o sexo seguro e o cuidado com o uso de seringas", ressalta Aguiar.