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- Publicada em 08 de Janeiro de 2016 às 17:12

Pesquisadores de Brasil e Senegal trabalham por teste rápido para o zika vírus

Pesquisadores do Instituto Pauster de Dakar, no Senegal, que participaram ativamente do combate ao surto de ebola na África, estão em São Paulo para ajudar cientistas do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP) no combate ao zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. O grupo juntou-se, na semana passada, à Rede Zika, criada há um mês por cientistas, professores e alunos de instituições e laboratórios para investigar o vírus e o aumento do número de casos de microcefalia e da síndrome de Guillain-Barré no País.
Pesquisadores do Instituto Pauster de Dakar, no Senegal, que participaram ativamente do combate ao surto de ebola na África, estão em São Paulo para ajudar cientistas do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP) no combate ao zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. O grupo juntou-se, na semana passada, à Rede Zika, criada há um mês por cientistas, professores e alunos de instituições e laboratórios para investigar o vírus e o aumento do número de casos de microcefalia e da síndrome de Guillain-Barré no País.
Liderados por Amadou Alpha Sall, especialista em epidemia e controles virais, os senegaleses têm o desafio de treinar pesquisadores da USP e ajudá-los na implantação de um teste rápido e eficaz para diagnosticar a doença, feito por sorologia. Durante o surto de ebola, os cientistas conseguiram criar um teste que detectava a doença em apenas 15 minutos, o que permitiu o diagnóstico em locais afetados pela epidemia que atingiu o Oeste da África.
Segundo o coordenador da Rede Zika, Paulo Zanotto, que é e pesquisador do ICB, o grupo brasileiro trabalha nas áreas de entomologia, virologia e imunologia e já conseguiu desenvolver um teste molecular de detecção do vírus. Segundo ele, no entanto, esse método é pouco eficaz, já que não consegue identificar o zika passado o período de infecção, de apenas dois ou três dias. "A sorologia deixa um 'traço' na pessoa. Assim eu consigo saber se ela foi infectada há algum tempo, enquanto o diagnóstico molecular fala se a pessoa tem o vírus agora. Quando a pessoa manifesta os sintomas dois, três dias depois, já não tem mais sinais do vírus no sangue. Então, o diagnóstico molecular se torna complicado", explicou.
Além do diagnóstico, os senegaleses devem contribuir no estabelecimento de técnicas de isolamento e cultivo do vírus e na confirmação de que os casos de microcefalia estão realmente ligados ao zika. Parte da equipe também tem a intenção de visitar cidades do Nordeste, região com o maior número de ocorrências de microcefalia: são 2.589 casos suspeitos, dos mais de 3,1 mil notificados.
"Temos boas evidências, porque as duas ocorrências estão acontecendo no mesmo espaço de tempo, mas ainda não é certeza absoluta. Por enquanto, a relação é circunstancial. Se quisermos falar sobre zika temos que ter certeza biologicamente falando. Por isso, a importância do diagnóstico", ressaltou Sall.
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