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Transporte

- Publicada em 06 de Janeiro de 2016 às 22:25

Tempo de uso da frota de táxis cairá para cinco anos

Obrigatoriedade do uso de camisa azul motivou críticas do Sintáxi

Obrigatoriedade do uso de camisa azul motivou críticas do Sintáxi


JONATHAN HECKLER/JC
A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) enviou, nesta semana, ao gabinete do prefeito José Fortunati a minuta do projeto de lei que altera algumas regras do serviço de táxis na Capital. Entre as mudanças, está a idade máxima dos veículos, que passará de dez para cinco anos.
A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) enviou, nesta semana, ao gabinete do prefeito José Fortunati a minuta do projeto de lei que altera algumas regras do serviço de táxis na Capital. Entre as mudanças, está a idade máxima dos veículos, que passará de dez para cinco anos.
O texto também prevê mais autonomia aos passageiros sobre a música que tocará no rádio do carro e sobre o ar-condicionado. O uniforme dos motoristas está definido no dispositivo e a controversa obrigatoriedade da camisa azul para os taxistas entrou novamente em cena. A discussão sobre a cor teve início em 2014, quando foi aprovada a lei que estabelece as regras para o serviço. Na época, o Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre (Sintáxi) conseguiu derrubar a medida judicialmente.
De acordo com o projeto, é obrigatório o uso de camisa social ou polo, de manga curta ou longa, em qualquer tonalidade de azul, sem estampas. Também está previsto uso de calça social ou jeans de cor preta ou azul-escuro e calçados fechados. Casaco, jaqueta, abrigo, pulôver ou assemelhados podem ser apenas nas cores preta, cinza ou azul-escuro. Está proibido o uso de bermudas e de bonés ou chapéus. "Concordamos com tudo, menos com a cor da camisa ser exclusivamente azul. Isso é birra. Já ganhamos na Justiça por isso. Querem que os taxistas sejam como os azuizinhos. Não somos funcionários da EPTC", critica Luiz Nozari, presidente do Sintáxi.
Ele diz que tentará negociar a questão antes de qualquer medida judicial. Nozari acredita que não é a cor da roupa que irá melhorar a qualidade do atendimento. "Claro que o motorista precisa estar adequadamente trajado, mas é preciso também ter fiscalização para garantir o bom comportamento", ressalta. A vestimenta das mulheres taxistas também foi definida no texto, com possibilidade de saia abaixo do joelho, azul-escuro ou preta, e colete azul-escuro. O uso de sandálias é permitido.
Sobre a diminuição do tempo de uso dos veículos, o presidente do Sintáxi diz que a medida é benéfica. Com os incentivos, ele acredita que a média de troca dos carros passará para três anos. Outras determinações são o questionamento, no início da viagem, ao usuário quanto ao acionamento e à temperatura do ar-condicionado, mantendo o carro climatizado quando for solicitado, e somente acionar os equipamentos sonoros do veículo quando solicitado pelo passageiro, observados o volume, as estações, o estilo musical e demais opções por este indicadas.
O diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, afirma que as modificações representam uma guinada na qualificação do serviço. "A questão da roupa e do comportamento já estava implícita, mas alguns não queriam entender que estão sendo contratados para um serviço e precisam se portar adequadamente. Também modificamos questões sobre o ingresso na profissão, como a documentação", explica. Sobre a camisa azul, ele diz que foram os próprios taxistas que escolheram a cor em reuniões.

Fortunati vistoria ônibus adquiridos para atender à licitação

O prefeito José Fortunati e o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari, realizaram uma vistoria nos novos ônibus adquiridos pelas vencedoras da licitação do transporte coletivo da Capital. A visita técnica ocorreu em Caxias do Sul, sede da empresa Marcopolo, responsável pelo encarroçamento de 208 ônibus da nova frota, que entra em operação ainda no primeiro semestre. A data máxima de início é 10 de abril, mas existe possibilidade de ser antecipada.
Ao todo, as empresas adquiriram 293 ônibus, sendo 208 produzidos pela Marcopolo. A indústria está em férias coletivas, mas manteve 1,5 mil trabalhadores na linha de produção para atender à demanda. A direção da Marcopolo garante que todos os ônibus serão entregues até o dia 5 de fevereiro, cerca de 90 deles com ar-condicionado.
Os coletivos terão um layout totalmente diferente do atual. As bacias serão separadas por cores, sendo que a definição teve um aspecto que Fortunati considera significativo. O edital, publicado no Diário Oficial de Porto Alegre no dia 6 de maio de 2015, foi dividido em seis lotes, para prestação do serviço por 20 anos, e teve as propostas entregues em 6 de julho. Todas as empresas vencedoras atuam hoje na cidade, mas se reorganizaram em novos consórcios.
O documento prevê a ampliação gradual de ar-condicionado na frota, para não pesar no preço da tarifa. No prazo máximo de dez anos, 100% da frota terá ar-condicionado, sendo 25% já no primeiro ano, em todos os lotes das bacias. A licitação definiu ainda previsão de acessibilidade em toda a frota; diminuição da ocupação para quatro pessoas por metro quadrado; a criação do Sistema de Qualidade de Serviço, para analisar o atendimento à população, podendo resultar em penalizações para as empresas; e instalação de GPS em todos os veículos.