Eleito sem oposição como novo presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), o paraguaio Alejandro Domínguez reconhece que a entidade vive o momento mais difícil da sua história, com seus três antecessores Nicolás Leoz (1986-2013), Eugenio Figueredo (2013-2014) e Juan Angel Napout (2014-2015) privados da liberdade, à espera de julgamento pelo recebimento de suborno em troca dos direitos de transmissão de competições.
"A unidade selada hoje (ontem) nos obriga a recuperar a grandeza de nossa instituição", disse Domínguez, 44 anos, ao fim da votação que lhe garantiu mandato até 2019. "Começamos um novo caminho. Deixaremos para trás uma das páginas mais tristes da história da Conmebol", acrescentou.
Dominguez foi candidato único depois que o uruguaio Wilmar Valdez retirou seu nome ele presidia interinamente a entidade. O paraguaio recebeu o apoio das 10 confederações. "Devemos reconhecer que este congresso extraordinário é realizado em um momento de crise, mas a enfrentaremos com valentia", completou, garantindo que não haverá mais privilégios a interesses particulares e que a Conmebol terá abertura e transparência.
Formado em administração pela Universidade de Kansas, nos Estados Unidos, o dirigente se tornou vice-presidente da Associação Paraguaia de Futebol em 2007, ascendendo à presidência em agosto de 2014.