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Tecnologia

- Publicada em 02 de Fevereiro de 2016 às 22:30

Instituto de Informática da Ufrgs quer ampliar parcerias para disseminar conhecimento

 MATÉRIA SOBRE O INSTITUTO DE INFORMÁTICA DA UFRGS.    NA FOTO: LUIS LAMB ( DIRETOR DO INSTITUTO DE INFORMÁTICA )

MATÉRIA SOBRE O INSTITUTO DE INFORMÁTICA DA UFRGS. NA FOTO: LUIS LAMB ( DIRETOR DO INSTITUTO DE INFORMÁTICA )


MARCO QUINTANA/JC
São cerca de 60 pesquisadores doutores e mais de 15 grupos de pesquisa, um arsenal e tanto de conhecimento produzido diariamente dentro do Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).
São cerca de 60 pesquisadores doutores e mais de 15 grupos de pesquisa, um arsenal e tanto de conhecimento produzido diariamente dentro do Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).
Acelerar a disseminação de toda essa pesquisa é uma das missões do diretor do Instituto de Informática (INF) da universidade, Luis Lamb, que acaba de assumir para a sua segunda gestão (2015/2019). A ideia é ampliar o relacionamento com entidades, empresários e profissionais. "Essa colaboração entre a academia e o mercado é cada vez mais decisiva, pois ajuda a fazer chegar aos empresários informações de ponta que podem ajudar a viabilizar negócios inovadores", comenta.
De fato, a área de Tecnologia da Informação (TI) oferece muitas oportunidades, especialmente em um cenário conjuntural complexo como o previsto para este ano no Brasil. "A TI pode auxiliar as empresas a buscarem soluções inovadores, como uma gestão mais qualificada, o que é crucial em momentos de crise", destaca.
Por isso, é preciso preparar bem os profissionais do futuro. Todos os anos, o INF-Ufrgs entrega para o mercado de 75 a 80 alunos - cerca de 160 ingressam a cada 12 meses. O desafio, não só da Ufrgs como de todas as universidades, é continuar formando profissionais de alto nível em meio ao surgimento crescente de novas tecnologias.
O segredo nesse caso, sugere Lamb, é não concentrar a formação excessivamente na tecnologia, justamente porque esse conhecimento se esvai muito rapidamente. "Os melhores cursos são os que oferecem formação científica de mais alta qualidade. E não é chavão, mas os melhores profissionais são os que dominam os fundamentos da computação", acredita. Isso porque, na medida em que possuem conhecimentos sólidos em matemática, lógica e programação, por exemplo, é muito mais simples se adaptar e entender qualquer nova tecnologia.
Outro fator importante é que a faculdade tenha uma visão internacionalizada, algo que o Instituto de Informática da Ufrgs quer reforçar ainda mais. Já é comum alunos e professores do instituto participarem de conferências, projetos de pesquisa e especializações em outros países. "Só contratamos doutores e pós-doutores. Além disso, todos eles têm experiência internacional, ou seja, possuem uma visão internacionalizada de pesquisa", relata.
O resultado disso é que cerca de 30% dos diplomados do INF-Ufrgs vão trabalhar fora do Brasil. Dos graduados, 50% fizeram pelo menos um ano de curso em outro país, fora os que fazem dupla diplomação. "Temos uma pesquisa de nível internacional, o que faz com que cada vez mais players de fora se interessem pelos nossos profissionais", diz. As grandes empresas globais de tecnologia, como Facebook e Microsoft, têm ex-alunos da instituição. "O Google vem anualmente no Rio Grande do Sul para contratar alunos da universidade", exemplifica, destacando que o programa de graduação em Computação da instituição tem nota máxima da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o que atrai essas empresas.

Dedicação integral faz diferença na formação dos estudantes

Manter os estudantes na sala de aula diante da grande oferta do mercado de trabalho, muitas vezes com propostas tentadoras, é um desafio para as faculdades de informática em todo Brasil. E tem sido uma queda de braço entre as instituições de ensino e as empresas, ávidas por novos talentos.
O diretor do Instituto de Informática (INF) da Ufrgs, Luis Lamb, acredita que os alunos que têm um planejamento de carreira desde cedo tentam adiar a entrada no mercado de trabalho.
"Eles percebem que formação é importante e que, se ele trabalhar 8 horas por dia, essa etapa importante acabará prejudicada. Faz muita difereça formação integral ao curso", complementa.