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Economia

- Publicada em 28 de Janeiro de 2016 às 23:24

Banco Central não espera mais inflação na meta em 2016

Colegiado do Banco Central deixou a taxa Selic em 14,25% ao ano

Colegiado do Banco Central deixou a taxa Selic em 14,25% ao ano


CHARLES SHOLL/FUTURA PRESS/AE/JC
Enquanto o mercado aposta que o Banco Central (BC) não conseguirá entregar uma inflação dentro do teto da meta - de até 6,5% - pelo segundo ano consecutivo, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) reforçou que a autoridade monetária buscará se circunscrever a esse limite neste ano, mas deixou de prometer que buscará "trazer a inflação o mais próximo possível de 4,5% em 2016".
Enquanto o mercado aposta que o Banco Central (BC) não conseguirá entregar uma inflação dentro do teto da meta - de até 6,5% - pelo segundo ano consecutivo, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) reforçou que a autoridade monetária buscará se circunscrever a esse limite neste ano, mas deixou de prometer que buscará "trazer a inflação o mais próximo possível de 4,5% em 2016".
O colegiado manteve a intenção de fazer a inflação convergir para centro da meta só nem 2017. A ata divulgada nesta quinta-feira informou que a projeção de inflação no cenário de referência para 2016 aumentou ante a reunião anterior e se situa acima do centro da meta de 4,5%.
O BC não divulga qual a taxa prevista na ata, mas no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de dezembro, a autoridade monetária revelou que a estimativa estava em 6,2% para o fim deste ano pelo cenário de referência. No RTI, a probabilidade estimada pela instituição de a inflação ultrapassar o limite superior da meta em 2016 subiu de 20% para 41% para esse cenário.
Já no Relatório de Mercado Focus da última segunda-feira, dia 25, a mediana das estimativas dos analistas para o IPCA de 2016 subiu para 7,23%. No caso do Top 5, a mediana das expectativas para a inflação do ano se situou em 7,92%.
Marcada pela polêmica sobre uma possível interferência do Palácio do Planalto, a ata da última reunião do Copom traz uma mudança nas justificativas do grupo majoritário de diretores do colegiado, que votou mais uma vez pela manutenção da Selic em 14,25% ao ano. Agora, os membros que prevaleceram argumentaram que as incertezas em relação ao cenário externo se ampliaram, com destaque para a crescente preocupação com o desempenho da economia chinesa e seus desdobramentos, além da evolução de preços no mercado de petróleo.
O grupo majoritário - composto pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e pelos diretores Aldo Mendes, Altamir Lopes, Anthero Meirelles, Luiz Feltrim e Otávio Damaso - justificou os votos pela manutenção da Selic considerando que a elevação das incertezas domésticas e, principalmente, externas, sobretudo mais recentemente, justifica continuar monitorando a evolução do cenário macroeconômico para, então, definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária.
Para esse grupo, faz-se necessário acompanhar os impactos das recentes mudanças nos ambientes doméstico e externo no balanço de riscos para a inflação, o que, combinado com os ajustes já implementados na política monetária, pode fortalecer o cenário de convergência da inflação para a meta de 4,5%, em 2017. Na ata anterior, esses mesmos membros apenas consideraram monitorar a evolução do cenário macroeconômico até a reunião seguinte do colegiado.
Já o grupo minoritário - composto pelos diretores Sidnei Marques e Tony Volpon - votou mais uma vez pela elevação da Selic em 0,5 ponto percentual para 14,75% ao ano. Para esses membros do colegiado, o cenário externo pode vir a ser uma fonte de dificuldades, mas a inflação já é um problema que precisa ser atacado com mais força.
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