A Apple citou o Brasil como um dos desafios para a empresa no trimestre passado (quando as vendas do iPhone tiveram a menor alta desde 2007) e classificou o cenário para a economia brasileira como "bastante sombrio" - o mesmo comentário foi feito para a Rússia.
Para a empresa, a alta de 0,4% nas vendas de iPhone no quarto trimestre foi "impressionante", dado que grandes mercados como Brasil, Rússia, Japão, Canadá, Turquia e a zona do euro sofreram com baixo crescimento, queda no preço de commodities e moedas fracas. Dois terços da receita da Apple vem de fora dos EUA.
No caso brasileiro, a Apple diz que a economia está significativamente mais fraca que há um ano, mas o presidente da maior companhia global em valor de mercado, Tim Cook, afirma acreditar que a situação vai melhorar. "Nós queremos servir nossos clientes e não vamos recuar", afirmou o executivo.
Venda de iPhone tem menor alta da história
As vendas do iPhone cresceram apenas 0,4% no último trimestre do ano passado, o menor ritmo desde 2007, quando a Apple lançou seu smartphone. O resultado dá força às preocupações de que o aparelho tenha chegado ao seu limite de crescimento.
A Apple, maior empresa do mundo em valor de mercado, vendeu 74,8 milhões de aparelhos nos últimos três meses de 2015, só 300 mil a mais que no mesmo período de 2014.
O resultado era de certa forma esperado: fornecedores asiáticos já sinalizavam uma queda nos pedidos da companhia, em razão da baixa procura pelos iPhones 6s e 6s Plus, que apresentaram poucas inovações em relação às gerações anteriores.
Com esse panorama, a Apple prevê que as vendas de iPhone vão cair pela primeira vez na história neste trimestre. E as totais de seus produtos também, para algo entre US$ 50 bilhões a US$ 53 bilhões -seria a primeira queda desde 2003.