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Consumo

- Publicada em 27 de Janeiro de 2016 às 18:46

Supermercados apuram recuo de 1,9% nas vendas

As vendas dos supermercados registraram queda real de 1,9% em 2015 na comparação com o ano anterior, divulgou a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Os resultados ficaram piores do que o projetado pela entidade em setembro, quando a expectativa era de retração real de 0,3%.
As vendas dos supermercados registraram queda real de 1,9% em 2015 na comparação com o ano anterior, divulgou a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Os resultados ficaram piores do que o projetado pela entidade em setembro, quando a expectativa era de retração real de 0,3%.
Em dezembro, as vendas do segmento apresentaram alta real de 24,17% ante o mês anterior, mas houve queda de 4,39% em relação ao mesmo mês de 2014. Todos os valores foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em valores nominais, as vendas dos supermercados registraram alta de 25,37% em dezembro na comparação com novembro. Já em relação ao mesmo período de 2014, os números apresentaram crescimento de 5,81%. No acumulado do ano, as vendas nominais cresceram 6,95%.
A projeção da Abras era de que as vendas do setor encerrassem este ano em queda de 0,3% em relação a 2014. Essa projeção, divulgada em setembro, foi feita após uma série de revisões para baixo das perspectivas para o setor: no início do ano, a estimativa de crescimento chegou a ser de 2%. O desempenho do setor supermercadista deve seguir em terreno negativo em 2016, segundo projeções da Abras.
A entidade anunciou uma expectativa de queda de 1,8% neste ano. A associação considera que o cenário macroeconômico segue desafiador no Brasil e destaca que as previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro seguem se deteriorando. A Abras trabalha com um cenário de retração de 3,5% no PIB em 2016, e taxa de desemprego atingindo 10,2% até o final do ano.
A Abras acredita que os primeiros meses do ano devam seguir na tendência fraca de vendas dos últimos meses de 2015, e as companhias poderão ter que dar continuidade aos cortes de custos como os do ano passado, culminando em demissões.
O vice-presidente da Abras, Marcio Milan, avalia que os três primeiros meses deste ano ainda poderão registrar um "rearranjo mais forte" nas vagas de emprego do setor, em especial os formatos de loja que estão perdendo mais vendas, como os hipermercados. Uma parte disso pode ser ofuscada, diz, porque ainda há expectativa de crescimento e abertura de novas lojas no chamado "atacarejo" e nas lojas de vizinhança. O ano já começou com as notícias de fechamentos de loja no Walmart. No Brasil, a companhia confirmou que ocorreu o fechamento de 60 pontos de venda.
O economista da entidade, Flávio Tayra, considera que a possibilidade de uma continuidade da deterioração da taxa de desemprego deve pesar sobre o setor. "Com a queda da massa salarial e o desemprego, consideramos muito difícil que o setor possa ter números positivos neste ano", comentou.

Confiança do consumidor avança no início do ano, sinaliza a FGV

A confiança do brasileiro abriu o ano em alta. O Índice de Confiança do Consumidor, da Fundação Getulio Vargas (FGV), atingiu 67,9 pontos em janeiro, o que representa alta de 2,5 pontos frente a dezembro. O aumento ocorre depois de uma queda de dois pontos em dezembro, em relação a novembro. Este é o maior patamar desde agosto de 2015, quando foi de 70,1 pontos.
Segundo a FGV, a confiança do consumidor parou de cair em setembro, sugerindo uma melhora do cenário, mas a trajetória ainda apresenta algumas oscilações e não é possível confirmar uma mudança de tendência. "A boa notícia é que a confiança do consumidor parou de cair em setembro passado e vem ensaiando alguma melhora, embora com oscilações e na dependência de um quadro político e econômico instável", afirmou, em nota, a coordenadora da Sondagem do Consumidor, Viviane Seda Bittencourt.
No indicador, o que se vê, segundo Viviane, são "avaliações ainda muito desfavoráveis sobre a situação presente da economia e expectativas bastante pessimistas em relação aos próximos meses". "Ainda é cedo para se falar em reversão consistente de tendência", ressaltou Viviane.
Depois de oito meses seguidos de queda, o índice de situação atual subiu 1,1 ponto, para 66,5 pontos. No mês de dezembro, o indicador atingiu o menor nível da série histórica da pesquisa. Já o índice de expectativas - que considera o que se espera para os próximos meses - aumentou em 3,4 pontos, para 70 pontos, o maior nível desde agosto do ano passado.
Segundo a FGV, grande parte do avanço da confiança do consumidor em janeiro foi puxada pelo avanço dos indicadores que medem o grau de satisfação dos consumidores com a situação financeira da família e o ímpeto de compras de bens duráveis. Também foram esses os itens que mais influenciaram negativamente na evolução do índice em dezembro.
A satisfação sobre a situação financeira atual da família no momento subiu 3,4 pontos, de 60,7 para 64,1 pontos, após oito meses de quedas seguidas e atingir menor nível da série em dezembro. Com relação às perspectivas futuras, o indicador que mede o ímpeto de compras avançou 7,7 pontos, compensando a queda nos dois últimos meses, que foi de 6,8 pontos percentuais.