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Economia

- Publicada em 27 de Janeiro de 2016 às 18:33

CNC recorrerá contra nova tributação do e-commerce

 O MINISTRO DA SECRETARIA DA MICRO E PEQUENA EMPRESA (SMPE), GUILHERME AFIF DOMINGOS, APRESENTA DADOS DE ADESÃO AO SIMPLES NACIONAL DO EXERCÍCIO 2015 (ELZA FIÚZA/AGÊNCIA BRASIL)

O MINISTRO DA SECRETARIA DA MICRO E PEQUENA EMPRESA (SMPE), GUILHERME AFIF DOMINGOS, APRESENTA DADOS DE ADESÃO AO SIMPLES NACIONAL DO EXERCÍCIO 2015 (ELZA FIÚZA/AGÊNCIA BRASIL)


ELZA FIUZA/ABR/JC/JC
A Ordem dos Advogados do Brasil e a Confederação Nacional do Comércio (CNC) ingressam, nesta sexta-feira, dia 29, no Supremo Tribunal Federal (STF), com uma Adin - Ação Direta de Inconstitucionalidade - pedindo suspensão do artigo de uma decisão do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) sobre comércio eletrônico. A argumentação é que o artigo ignora a lei que estabelece que micro e pequenas empresas têm direito à cobrança de tributação unificada.
A Ordem dos Advogados do Brasil e a Confederação Nacional do Comércio (CNC) ingressam, nesta sexta-feira, dia 29, no Supremo Tribunal Federal (STF), com uma Adin - Ação Direta de Inconstitucionalidade - pedindo suspensão do artigo de uma decisão do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) sobre comércio eletrônico. A argumentação é que o artigo ignora a lei que estabelece que micro e pequenas empresas têm direito à cobrança de tributação unificada.
A informação é do presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Guilherme Afif Domingos. O segmento representa 70% do volume do e-commerce, embora no movimento financeiro corresponda a 20% do total.
As entidades do pequeno varejo reclamam que as empresas do Simples Nacional recolhem os impostos de forma unificada em uma única guia. São oito impostos em uma guia. Pelas novas determinações do Confaz, essa unificação do regime tributário foi deixada de lado.
"Isso inviabiliza o negócio para os micro e pequenos, porque eles teriam de pagar várias guias, inclusive nos estados para onde vendem seus produtos, e eles não têm condições de fazer isso", explicou Afif, ao citar que os pequenos teriam de conhecer a legislação de 27 estados e lidar com a burocracia de cada um deles. Como está agora, comentou Afif, pequenos e grandes têm de cumprir exatamente os mesmos trâmites burocráticos, o que considera impossível. "O Confaz ignorou regras, não aplicou o princípio da diferenciação e submeteu as micro e pequenas empresas à tortura burocrática", declarou o presidente do Sebrae, ao reclamar que, "em plena era digital, os secretários de Fazenda dos estados criaram um sistema medieval".
"Nada contra origem e destino. É só usar a nota fiscal eletrônica", propôs, ao lembrar que, com esta nota, os participantes do Simples pagam todos os tributos. "É um sistema extremamente racional", comentou. Afif disse ter alertado o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, sobre o problema criado pelos estados. Disse que o ministro marcou uma reunião com os secretários de Fazenda, mas estes não acataram o pedido para cumprir a regra de diferenciação para as pequenas.
Para restabelecer a regra que acabou com o benefício, o presidente nacional do Sebrae optou pela ação de inconstitucionalidade que será apresentada na sexta-feira no STF. "A ação vai pedir a suspensão do artigo 9º do convênio do Confaz por desrespeitar a ordem constitucional no tratamento diferenciado às micro e pequenas empresas", contou.
Ao defender as micro e pequenas empresas do pagamento de diferentes impostos em guias separadas, Afif informou que as grandes e médias, que representam 30% do segmento do e-commerce, por serem mais estruturadas e fortes, estão contratando escritórios nas diferentes cidades do País para facilitar as vendas de seus produtos.
Para Afif, em um momento de crise econômica e desemprego, esta medida poderá ser um tiro no pé, porque inviabilizaria o negócio de 70% de pequenas empresas, sem estrutura nem dinheiro para continuar vendendo fora de suas bases. Em 2014, o comércio eletrônico faturou R$ 35,8 bilhões. No primeiro semestre de 2015, houve crescimento de 16%, comparado ao primeiro semestre de 2014, somando R$ 18,6 bilhões em faturamento, segundo revelou a 32ª edição do WebShoppers.
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