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Economia

- Publicada em 26 de Janeiro de 2016 às 17:44

Crédito para casa própria deve cair 20,6% neste ano

 Último dia do Salão do Imóvel no Shopping Iguatemi.     na foto: público circulante e maquetes de lançamentos imobiliários

Último dia do Salão do Imóvel no Shopping Iguatemi. na foto: público circulante e maquetes de lançamentos imobiliários


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Depois de um tombo de 33% em 2015, o crédito para aquisição e construção de imóveis deve apresentar nova redução em 2016. A Associação das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) estima que as concessões de empréstimos somem R$ 60 bilhões neste ano, o que representaria uma queda de 20,6% em relação aos
Depois de um tombo de 33% em 2015, o crédito para aquisição e construção de imóveis deve apresentar nova redução em 2016. A Associação das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) estima que as concessões de empréstimos somem R$ 60 bilhões neste ano, o que representaria uma queda de 20,6% em relação aos
R$ 75,6 bilhões do ano passado.
Para Gilberto Duarte de Abreu Filho, presidente da Abecip, a recessão econômica, a baixa confiança de consumidores e das empresas, a falta de previsibilidade e a crise política continuarão afetando o desempenho do setor em 2016. Com o desempenho de 2015, o financiamento imobiliário voltou ao patamar de 2011, segundo a entidade. Entre janeiro e dezembro de 2015, foram financiados 341,5 mil imóveis, queda de 36,6% ante 2014.
Segundo a Abecip, o financiamento de imóveis usados sofreu mais do que os empréstimos para aquisição de novos no ano passado. Enquanto o crédito para a compra de usados caiu pela metade em relação a 2014, para R$ 23 bilhões, o financiamento de imóveis novos recuou 10% e somou R$ 31,7 bilhões. Fonte de recursos para o crédito imobiliário, a caderneta de poupança registrou captação líquida negativa de R$ 50,1 bilhões no ano passado, segundo a Abecip. Com a alta da taxa básica de juros, o ano foi marcado pelos saques de recursos da poupança para aplicações financeiras com remuneração mais atrativa, atrelada à Selic.
Em dezembro, no entanto, os depósitos voltaram a superar os saques em R$ 4,8 bilhões. Foi a primeira vez desde dezembro de 2014 que a poupança teve mais depósitos do que resgates. Com isso, o saldo voltou a crescer, chegando a
R$ 509 bilhões no último mês do ano, ante R$ 501 bilhões em novembro. "O funding de poupança está se exaurindo. Para o mercado caber dentro da poupança, terá de não crescer, mas não acho que isso é o que vai acontecer. A securitização vai tomar um corpo muito diferente do que houve no passado. O mercado vai buscar mix de funding, com novas fontes, como letras de crédito imobiliário (LCI) e certificados de recebíveis imobiliários (CRIs), para trazer dinheiro novo e continuar crescendo", avaliou.
Mas, para o presidente da Abecip, ainda é cedo para falar em reversão de tendência. Ele acredita que o ritmo de saques deve diminuir em 2016, mas a captação líquida deve continuar negativa neste ano.
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