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indústria

- Publicada em 25 de Janeiro de 2016 às 17:37

Sondagem aponta ano difícil para a indústria gaúcha

Os índices de atividade em dezembro foram os menores para o mês já apurados pela Sondagem Industrial do Rio Grande do Sul, desde 2010, segundo dados da Fiergs. O indicador varia de 0 a 100, valores abaixo de 50 pontos indicam a intensidade na redução ou piora, e valores acima de 50 apontam a intensidade no crescimento e melhora.
Os índices de atividade em dezembro foram os menores para o mês já apurados pela Sondagem Industrial do Rio Grande do Sul, desde 2010, segundo dados da Fiergs. O indicador varia de 0 a 100, valores abaixo de 50 pontos indicam a intensidade na redução ou piora, e valores acima de 50 apontam a intensidade no crescimento e melhora.
A produção (34,1 pontos) manteve a sequência de quedas mensais iniciada em abril de 2015. O emprego (42,1 pontos) segue em queda por 20 meses consecutivos. O desaquecimento da atividade também se reflete na baixa utilização da capacidade instalada (UCI), que ficou em 63,0%. Com isso, a UCI usual (32,7 pontos) se afastou ainda mais do nível considerado normal pelos empresários.
"O setor terminou o ano em queda, devido à fraca demanda doméstica, e indica um começo de 2016 muito difícil. A indústria gaúcha enfrentou inúmeros problemas no último trimestre de 2015", disse o presidente da Fiergs, Heitor José Müller, ao avaliar os dados da pesquisa.
Os principais obstáculos apontados foram demanda interna insuficiente (49,8%), elevada carga tributária (48,9%), taxas de juros elevadas (25,6% dos entrevistados), a falta ou alto custo da energia (22,5%), a falta ou o alto custo da matéria-prima (22,5%), a taxa de câmbio (22,5%), a falta de capital de giro (22,0%) e a inadimplência dos clientes (20,7%).
A queda na produção em dezembro propiciou uma redução dos estoques de produtos finais (46,3 pontos) em relação a novembro, permitindo a aproximação do planejado pelas empresas (52,1 pontos). As avaliações das empresas sobre suas finanças no último trimestre de 2015 continuaram negativas. O índice de condições financeiras (38,2 pontos) revelou um alto grau de insatisfação. Em relação à margem de lucro (31,4 pontos), a avaliação foi ainda pior. A grande dificuldade de acesso ao crédito (31,3 pontos) e o aumento nos preços das matérias-primas (69,9 pontos) completam o complexo quadro financeiro das empresas.
As expectativas dos empresários gaúchos para os próximos seis meses ainda são negativas em janeiro, embora não tanto quanto em dezembro. Projetando quedas, o índice de demanda foi de 46,2 pontos; o de emprego, 43,3 pontos; e o de compras de matérias-primas, 44,7 pontos. Além disso, a intenção de investimento (41,5 pontos) é bastante baixa. Já o cenário é um pouco diferente para as exportações: o indicador de quantidade exportada (55,5 pontos) revela expectativa de crescimento.

Setor da construção apura um recuo expressivo

A indústria da construção terminou o ano de 2015 em queda. Em dezembro, o quadro que já era negativo para a atividade se deteriorou ainda mais, informou ontem a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Tanto para nível de atividade quanto para número de empregados, o indicador chegou ao menor nível histórico.
Pela metodologia da CNI, na Sondagem Indústria da Construção, os índices analisados variam de 0 a 100, com resultados menores que 50 representando queda na comparação com o mês anterior. De acordo com a entidade, o nível de atividade no setor ficou em 33,3 pontos no mês passado, resultado pior que os 36,3 de novembro e que os 39,4 pontos de dezembro de 2014.
O nível de emprego, por sua vez, ficou em 33 pontos em dezembro, 2,7 pontos abaixo do mês anterior. O número ainda é bem mais baixo que o registrado em dezembro de 2014, quando estava em 39,5 pontos.
Já o uso da capacidade de operação, medido de 0% a 100%, registrou, no mês passado, um nível de 55%, o que representa piora em comparação com o mês anterior, quando estava em 57%. Em dezembro de 2014, o índice estava em 63%.
A Confederação explica que a elevada carga tributária, a alta taxa de juros e a demanda interna insuficiente têm prejudicado o segmento da construção. "O cenário adverso, aliado ao aumento do custo dos insumos, tem causado insatisfação dos empresários com as condições financeiras e com a margem de lucro operacional. Além disso, as empresas têm tido dificuldade de acesso ao crédito", informou a entidade na nota que apresenta a Sondagem.
De acordo com o estudo, queainda traz as expectativas do setor para os próximos seis meses, a indústria da construção apresenta dados ainda mais pessimistas. Com metodologia em que índices abaixo de 50 representam expectativa de queda, todos os dados de janeiro apresentaram resultados inferiores a 40 pontos. "Para os próximos seis meses, as expectativas seguem pessimistas, em especial para empresas de grande porte, cujos indicadores de expectativa encontram-se muito abaixo dos demais portes", informou a entidade.