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Trabalho

- Publicada em 21 de Janeiro de 2016 às 19:51

Brasil corta 1,542 milhão de vagas em 2015

O País fechou em 2015 um total de 1,542 milhão de postos de trabalho com carteira assinada. O dado é o pior da série histórica iniciada em 1992, segundo o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto.
O País fechou em 2015 um total de 1,542 milhão de postos de trabalho com carteira assinada. O dado é o pior da série histórica iniciada em 1992, segundo o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto.
O saldo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do ano foi resultado de 17,707 milhões de admissões e 19,249 demissões, conforme divulgação feita pelo ministério nesta quinta-feira. O Rio Grande do Sul apresentou 1.200.998 admissões no ano passado, contra 1.316.171 desligamentos. O saldo de 95.173 dispensas equivale a uma retração de 3,55% em relação ao estoque de assalariados formais de 2014.
O dado do ano passado mostra deterioração na situação do emprego, se comparado com o ano anterior. Em 2014, foram geradas 420,7 mil vagas formais, pela série com ajuste, que inclui dados entregues com atraso pelas empresas.
O resultado de 2015 ficou um pouco melhor do que as expectativas de mercado financeiro. De acordo com pesquisa AE Projeções com 16 instituições, o saldo do Caged do ano passado ficaria entre um corte de 1,556 milhão a 1,785 milhão de vagas, com mediana negativa de 1,696 milhão.
No mês de dezembro de 2015, o Brasil fechou 596,2 mil vagas formais de emprego, segundo o Ministério do Trabalho e Previdência Social, o pior resultado para o mês da série histórica iniciada em 1992. Os dados do Caged são fruto de 917 mil admissões e 1,513 milhão de demissões.
A indústria de transformação foi a responsável pelo maior número de vagas formais de trabalho fechadas em 2015, segundo dados do Caged. No ano passado, o setor encerrou 608.878 vagas com carteira assinada. Em dezembro, o saldo do emprego na indústria ficou negativo em 192.833.
A construção civil teve o segundo maior corte, com menos 416.959 vagas no ano passado. Em dezembro, foram menos 102.660 empregos. O setor de serviços, por sua vez, fechou 276.054 vagas no ano e 180.941 em dezembro. O comércio teve, em 2015, menos 218.650 postos e, em dezembro, menos 38.697.
A indústria extrativa mineral fechou 14.039 vagas em 2015 e 1.811 em dezembro. A administração pública encerrou 9.238 postos no ano passado e 18.502 em dezembro. O único setor que apresentou abertura de vagas em 2015 foi a agricultura, com um saldo positivo de 9.821. Em dezembro, contudo, o setor teve saldo negativo de 58.853 postos.

Ministro Miguel Rossetto admite que o resultado ficou pior que o esperado

 eco Miguel Rossetto crédito José Cruz ABR

eco Miguel Rossetto crédito José Cruz ABR


JOSÉ CRUZ/ABR/JC
O ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, afirmou que o resultado do Caged de 2015 foi pior que o esperado pelo governo, porém não foi suficiente para reverter as conquistas obtidas pelo trabalhador brasileiro no passado recente. "A crise não foi capaz de destruir as conquistas dos trabalhadores dos últimos anos", ponderou. Segundo ele, o governo tem trabalhado para retomar a atividade econômica e, por consequência, a geração de empregos. Em período de retração econômica e restrição do poder de compra das famílias, Rossetto afirmou que há espaço para a expansão do crédito no País, como motivador de ampliação da demanda.
Como argumento para uma possível reversão no quadro negativo do emprego, o ministro disse ainda que o ajuste do câmbio começa a trazer resultados positivos, que há uma reversão da inflação e ampliação de investimentos. Ele ressaltou também que o governo tem tomado medidas necessárias para essa retomada, mesmo em meio a um ambiente internacional mais restritivo.
Em ano de forte retração no número de vagas de emprego formal, 2015 também apresentou uma redução nos salários dos trabalhadores. De acordo com dados do Caged, os salários médios de admissão tiveram uma queda real de 1,64% no ano passado. O valor médio foi de R$ 1.291,86 em 2014, para R$ 1.270,74. Rossetto avaliou que o número mostra uma resistência na renda do País ao argumentar que a queda no número de empregos foi muito forte.