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Trabalho

- Publicada em 20 de Janeiro de 2016 às 17:23

Espera por perícia médica chega a 89 dias

 POSTO DE ATENDIMENTO DO INSS DA AVENIDA BENTO GONÇALVES.

POSTO DE ATENDIMENTO DO INSS DA AVENIDA BENTO GONÇALVES.


MARCO QUINTANA/JC
O tempo médio de espera para o agendamento de perícia médica no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) passou de 20 dias, antes do início das greves no setor, para os atuais 89 dias. A informação foi divulgada pelo instituto após o anúncio do retorno ao trabalho dos médicos peritos na próxima semana.
O tempo médio de espera para o agendamento de perícia médica no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) passou de 20 dias, antes do início das greves no setor, para os atuais 89 dias. A informação foi divulgada pelo instituto após o anúncio do retorno ao trabalho dos médicos peritos na próxima semana.
O INSS estima que 1,3 milhão de perícias não tenham sido feitas desde o início da paralisação, em setembro do ano passado. No mesmo período, 1,1 milhão de perícias médicas foram atendidas. Entre setembro e dezembro de 2015, foram concedidos quase 608 mil benefícios por incapacidade como auxílio-doença, aposentadoria por invalidez e benefício de prestação continuada.
Segundo o instituto, cerca de 830 mil pedidos de concessão de benefícios desse tipo estão represados. O INSS conta atualmente com 4.330 médicos peritos, cujo salário inicial para uma jornada de 40 horas é R$ 11.383,54 chegando a R$ 16.222,88.
Após mais de quatro meses em greve, os peritos do INSS anunciaram que voltarão ao trabalho na próxima segunda-feira. O presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos, Francisco Eduardo Cardoso, informou que será mantido o estado de greve e que os profissionais farão apenas o atendimento àqueles que ainda não se submeteram à perícia médica inicial. Segundo Cardoso, não estão descartadas novas paralisações.
Na terça-feira, o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, disse que espera colocar em dia o mais rápido possível o serviço de perícias do INSS. A paralisação foi a mais longa já registrada. "Estamos muito seguros de que, à medida que haja a finalização da greve e a volta ao trabalho, como está acontecendo, nós possamos rapidamente recuperar a normalidade operacional."

Auditores fiscais mantêm paralisação e aguardam acordo com governo

Mobilizados desde agosto de 2015, os auditores fiscais do trabalho ainda aguardam uma proposta que satisfaça à categoria. Embora o governo federal tenha fechado acordo com várias categorias, os auditores fiscais afirmam que não foram atendidas suas demandas de medidas de valorização da carreira.
"Além do reajuste salarial, queremos a implementação de medidas de valorização da carreira, que o governo não incluiu em sua proposta. Entre elas, está a implementação da Lei Orgânica do Fisco, que estabelece condições e prerrogativas necessárias para que o auditor desempenhe suas funções e atenda aos trabalhadores", disse o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), Carlos Silva.
A categoria também se queixa da falta de profissionais - são 2.500 para atender o País inteiro, mais de 50 milhões de empregados formais, assinala o sindicato - e da precarização da infraestrutura, que classificam de "caótica".
Nas negociações, houve nove encontros entre representantes dos servidores e do governo federal. Alguns desses encontros foram com todos os servidores, outros apenas com os auditores. Apesar de estar em greve oficialmente desde agosto, a categoria intensificou a mobilização após a última rodada de negociações com o governo e está atendendo apenas casos de grave e iminente risco ao trabalhador e de não pagamento de salários.
Não há qualquer reunião agendada para que os auditores fiscais e governo prossigam com o diálogo. Perguntado sobre o andamento das negociações, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão informou que não há mais negociação com os sindicatos que não fecharam o acordo.
Já o Ministério do Trabalho e Previdência Social informa que está acompanhando a situação para garantir a continuidade dos serviços essenciais e que não cabe à pasta a negociação salarial, que é responsabilidade do Planejamento.

Metalúrgicos de Gravataí e GM negociam PLR

A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí (Sinmgra) se reúne hoje com a direção da fábrica da General Motors (GM) para tratar do tema relativo ao pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2015.
O diretor do Sinmgra, Valcir Ascari, ressalta que os trabalhadores da unidade da montadora em Gravataí tiveram participação fundamental no bom volume de vendas da GM em 2015, mesmo com a retração do mercado de veículos no ano passado.
"É sabido que o Onix foi o carro mais vendido do Brasil em 2015, com 125.931 unidades emplacadas. Fruto do trabalho que os companheiros da fábrica de Gravataí realizaram ao longo do ano. Por isso, merecem ser recompensados com o pagamento do PLR", aponta Ascari.
Apesar disso, a meta de produção não foi atingida, com a unidade produzindo, em 2015, cerca de 79 mil carros a menos do que 2014. "Os trabalhadores chegaram a receber um adiantamento de R$ 8 mil, mas como não atingiram a meta total de produção a empresa não quer pagar a segunda parcela. Mas a meta não foi cumprida por conta de day-offs e do próprio lay-off e não por culpa dos colaboradores", afirma.
Segundo ele, os trabalhadores não abrem mão deste benefício, já que estão vivendo momentos de apreensão com as repetidas situações de redução da produção de veículos.