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Economia

- Publicada em 18 de Janeiro de 2016 às 21:29

Brasil e dívida podem levar Casino ao grau especulativo

Vendas mais fracas no Brasil e o elevado endividamento do francês Casino levaram a agência de classificação Standard & Poor's (S&P) a anunciar que a nota do controlador do Pão de Açúcar foi colocada em "observação negativa". Investidores reagiram fortemente e a ação da varejista perdeu 6,6% na Bolsa de Paris ontem. A empresa reafirma que o desempenho no Brasil continua positivo e prometeu comprometimento para manter o grau de investimento.
Vendas mais fracas no Brasil e o elevado endividamento do francês Casino levaram a agência de classificação Standard & Poor's (S&P) a anunciar que a nota do controlador do Pão de Açúcar foi colocada em "observação negativa". Investidores reagiram fortemente e a ação da varejista perdeu 6,6% na Bolsa de Paris ontem. A empresa reafirma que o desempenho no Brasil continua positivo e prometeu comprometimento para manter o grau de investimento.
O anúncio da S&P sobre a observação negativa da nota de crédito do Casino foi feita após o fechamento do mercado na sexta-feira. "A observação negativa reflete a nossa visão de que, apesar do plano da direção de vender ativos para reduzir o patamar da dívida, a lucratividade do grupo continuará a ser bastante fraca por um período longo de tempo e o nível da dívida, principalmente nas operações francesas, seguirá muito alto", disse em comunicado o analista de crédito da S&P Raam Ratnam.
O Casino tem rating "BBB-" nas emissões de longo prazo e "A-3" nas operações de curto prazo. Assim, um eventual rebaixamento da nota poderia levar a varejista francesa para o "grau especulativo" pela agência. Essa decisão sobre a nota deverá ser anunciada em até 90 dias.
Em uma lista de argumentos, a S&P destaca que o desempenho da filial brasileira foi "significativamente fraco" no quarto trimestre de 2015 e a tendência pode piorar em 2016. No Brasil, o Casino controla os supermercados Pão de Açúcar e Extra, além das Casas Bahia e Ponto Frio, entre outras marcas.
A crise na companhia vem fazendo seus concorrentes ganharem espaço. Com a aceleração das vendas no último trimestre de 2015, o Carrefour voltou a ganhar mercado em cima do Grupo Pão de Açúcar (GPA) no Brasil.
Desconsiderando a variação cambial, a receita líquida da operação brasileira do Carrefour teria crescido 14,3% entre outubro e dezembro de 2015 na comparação com os mesmos meses do ano anterior. Levando em conta o impacto cambial, o resultado no País é de queda de 13,5%.
Analistas de mercado chamam atenção, porém, para o fato de que a diferença entre o ritmo de crescimento das vendas do Carrefour no Brasil e do GPA voltou a se elevar. "É uma clara evidência de que o Carrefour Brasil continua a ganhar market share contra o varejo de alimentos do GPA", afirmaram os analistas do Credit Suisse em relatório.
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