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Economia

- Publicada em 17 de Janeiro de 2016 às 20:00

Sob pressão, Banco Central define taxa de juros nesta semana

 ALEXANDRE TOMBINI NO SENADO. MARCOS OLIVEIRA - AGÊNCIA SENADO 2

ALEXANDRE TOMBINI NO SENADO. MARCOS OLIVEIRA - AGÊNCIA SENADO 2


MARCOS OLIVEIRA/AGÊNCIA SENADO/DIVULGAÇÃO/JC
Sob forte pressão política e com arsenal limitado para derrubar a inflação, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, comanda, nesta semana, a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que já é apontada como uma das mais difíceis e polêmicas desde que assumiu o cargo, no início do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. Com a artilharia do PT agora voltada contra o BC, após a substituição de Joaquim Levy por Nelson Barbosa no Ministério da Fazenda, Tombini e sua equipe dessa vez também estão sob maior fogo cruzado dos economistas do mercado financeiro.
Sob forte pressão política e com arsenal limitado para derrubar a inflação, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, comanda, nesta semana, a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que já é apontada como uma das mais difíceis e polêmicas desde que assumiu o cargo, no início do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. Com a artilharia do PT agora voltada contra o BC, após a substituição de Joaquim Levy por Nelson Barbosa no Ministério da Fazenda, Tombini e sua equipe dessa vez também estão sob maior fogo cruzado dos economistas do mercado financeiro.
Os críticos avaliam que o presidente do BC vai errar de novo se insistir em voltar a aumentar a taxa de juros diante do aprofundamento da recessão da economia. A avaliação crescente é que o processo de intimidação das lideranças petistas para forçar a todo custo uma queda dos juros terá efeito contrário. A medida forçará o BC a subir ainda mais a taxa Selic para reafirmar sua autonomia agora, quando vive o pior momento de credibilidade, depois que a inflação atingiu 10,67% em 2015, apesar do ciclo atual de aperto monetário, iniciado em abril de 2013.
"Essa decisão é a mais difícil dos últimos tempos, porque envolve mais custos do que benefícios para a economia", avalia o ex-diretor do BC Carlos Thadeu de Freitas. Segundo ele, o aumento dos juros vai sacrificar a economia e levar, mais à frente, ao aumento da inflação, num cenário em que as frustrações com os resultados fiscais vão continuar. Freitas recomenda que seria mais prudente o BC "contemporizar", deixando de olhar a meta no ano calendário, para levar a inflação para o centro da meta de 4,5% mais à frente, e não em 2017, como o estabelecido.
Para a autoridade monetária, que já sinalizou, nos últimos dias, a inclinação pela alta dos juros, a maior preocupação hoje é coordenar as expectativas e, dessa forma, evitar a indexação dos preços com a inflação. Com o IPCA na marca de 10%, o risco de remarcações de preços se eleva. No BC, se observa desconforto com a pressão que vem de fora do banco, mas a diretoria avalia que a estratégia de alta da Selic é mais adequada para combater a pressão inflacionária. Sem o aperto nos juros, avaliam, a inflação estaria em níveis ainda mais altos, mesmo com a economia em recessão.
Em resposta às críticas, o Banco Central aponta carta encaminhada à Fazenda com as razões que levaram ao descumprimento da meta, entre elas o descontrole das contas públicas e a alta dos preços administrados.
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