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Indústria

- Publicada em 17 de Janeiro de 2016 às 18:18

Abimaq quer renovação do parque industrial

 Montadora Chery anuncia férias coletivas na fábrica de Jacareí, SP

Montadora Chery anuncia férias coletivas na fábrica de Jacareí, SP


CHERY/DIVULGAÇÃO/JC
Depois de o setor automotivo ter ido atrás do governo para buscar apoio financeiro a um plano de renovação da frota nacional de veículos, a indústria de máquinas e equipamentos decidiu fazer algo semelhante e resgatou um projeto antigo de renovação do parque industrial, informou o presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria e Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso. A decisão foi tomada na semana passada, na primeira reunião do ano da diretoria da entidade. A intenção é adaptar o projeto antigo à atual situação econômica do País e entregá-lo em fevereiro.
Depois de o setor automotivo ter ido atrás do governo para buscar apoio financeiro a um plano de renovação da frota nacional de veículos, a indústria de máquinas e equipamentos decidiu fazer algo semelhante e resgatou um projeto antigo de renovação do parque industrial, informou o presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria e Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso. A decisão foi tomada na semana passada, na primeira reunião do ano da diretoria da entidade. A intenção é adaptar o projeto antigo à atual situação econômica do País e entregá-lo em fevereiro.
De acordo com Velloso, o projeto foi apresentado inicialmente no começo de 2014. O plano anterior previa que o empresário que resolvesse renovar o seu parque industrial, substituindo máquinas antigas por novas, poderia fazer a aquisição das novas por meio do Programa de Sustentação dos Investimentos (PSI). Além disso, ele contaria com um crédito presumido de impostos. "Mas nós sabemos que essas duas ideias não têm mais espaço hoje, porque o PSI não existe mais, e porque estamos em um momento de ajuste fiscal", explicou Velloso.
O ajuste fiscal tem sido a principal barreira à aprovação do plano de renovação de frota proposto por entidades do setor automotivo. Na semana passada, o Ministério da Fazenda afirmou que recebeu a proposta, mas disse que não há "espaço fiscal" para subsídios. O objetivo do plano é estimular o consumo de veículos no País, através da troca de antigos por novos. Não se sabe, por enquanto, de onde sairiam os recursos para financiar esse projeto. Uma das ideias é utilizar dinheiro do DPVAT ou de um seguro criado com esse propósito.
Diante do impasse entre o setor automotivo e o governo, a Abimaq pretende apresentar um projeto que não esbarre no ajuste fiscal. "Mas ainda não há nada definido", disse. A renovação do parque industrial brasileiro funcionaria como um estímulo à indústria de máquinas e equipamentos, que caminha para terminar 2016 com a quarta queda seguida do faturamento. A Abimaq ainda não tem dados referentes a 2015, mas prevê uma baixa de 13% em relação ao volume de 2014. Para 2016, a projeção é de um novo tombo, este de 10%.
Apesar de a Abimaq estar trabalhando para apresentar seu projeto em fevereiro, existe a expectativa de que o governo anuncie estímulos à economia já neste mês. Sobre a possibilidade de o projeto da entidade ficar de fora do pacote do governo, Velloso não acredita que este pacote será lançado tão cedo. "O que eu acho que vai acontecer é que o governo vai apresentar uma lista de desejos, e não um programa pronto e consolidado", declarou. "Até porque, se houvesse algo adiantado, a Abimaq já teria sido consultada", acrescentou.
O que existe até o momento é uma reunião previamente agendada para o dia 28 de janeiro, quando deverá ocorrer o primeiro encontro do chamado "Conselhão", grupo de empresários convidados pelo governo que terão a missão de ajudar a equipe econômica a encontrar soluções para a crise. O presidente da Abimaq, Carlos Pastoriza, foi convidado para fazer parte do grupo e deverá estar presente no dia 28. "Até lá, tentaremos elaborar algo preliminar para o Pastoriza apresentar no encontro", disse Velloso.
 

Exportação de aço tem alta de 40% em 2015, mas receita das vendas ao exterior recua 3,3%

O setor siderúrgico brasileiro fechou 2015 com um volume recorde de exportações, revelando o esforço das companhias para driblar a fraca demanda no mercado doméstico. Os embarques de aço somaram 13,7 milhões de toneladas, alta de 40,3% em relação ao ano anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto Aço Brasil.
Mesmo enviando mais toneladas para fora do País, as usinas amargaram um recuo de 3,3% na receita com vendas ao exterior, para US$ 6,6 bilhões. Isso indica que a estratégia de recorrer ao mercado externo para desovar estoques e evitar a paralisação de equipamentos pode ter pouco fôlego.
De acordo com o Aço Brasil, o salto no montante vendido fora do País reflete, principalmente, operações entre companhias para fornecimento de produtos semiacabados a usinas na Europa e nos Estados Unido, e, também, ações emergenciais do setor para evitar redução ainda maior do grau de utilização da capacidade instalada.
Em meio à recessão econômica no Brasil, o setor registrou queda de 16,1% nas vendas ao mercado doméstico em 2015. Foram 18,2 milhões de toneladas vendidas, volume 6,2 milhões inferior ao recorde histórico de 2013. A produção de aço bruto somou 33,2 milhões de toneladas em 2015, retornando ao patamar de 2010. No final do ano, as siderúrgicas operavam com 68,7% de sua capacidade, abaixo da média global.
A estratégia de resistência via exportação tem esbarrado no excedente de 700 milhões de toneladas de aço no mundo e na feroz competição com o aço chinês, que derrubou os preços do aço no mercado internacional. Diante do ganho marginal com os embarques, algumas companhias já recuaram. Um exemplo é a Usiminas, que optou por desativar a fabricação primária de aço na usina de Cubatão, em São Paulo, voltada à exportação. A situação financeira da companhia é considerada preocupante.
"Quando você tem um resultado negativo (em dólares), significa que só está exportando para não parar máquinas e manter empregos. Não há como continuar embarcando volumes expressivos sem margem", diz o presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes.
A ArcelorMittal Brasil exporta atualmente 60% de sua produção, ante 20% em 2013. Em julho de 2014, a siderúrgica religou o alto-forno 3 da usina de Tubarão, em Vitória, no Espírito Santo, retomando a capacidade plena de produção de 7 milhões de toneladas anuais de planos. "Estamos exportando tudo que não conseguimos vender no mercado interno, mas a margem é praticamente zero", diz o presidente da companhia no País, Benjamin Baptista Filho.
As siderúrgicas vêm pedindo ajuda ao governo federal. Um dos pleitos é o aumento da alíquota do imposto de importação de aço.