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Trabalho

- Publicada em 15 de Janeiro de 2016 às 16:42

Desemprego fica em 9% de agosto a outubro

 Estaleiro Atlântico Sul localizado no Porto de Suape. Foto José Paulo Lacerda.    Estaleiro Atlântico Sul localizado no Porto de Suape. Suape (PE) 15.10.2014 - Foto: José Paulo Lacerda *** Local Caption *** Estaleiro Atlântico Sul

Estaleiro Atlântico Sul localizado no Porto de Suape. Foto José Paulo Lacerda. Estaleiro Atlântico Sul localizado no Porto de Suape. Suape (PE) 15.10.2014 - Foto: José Paulo Lacerda *** Local Caption *** Estaleiro Atlântico Sul


JOSÉ PAULO LACERDA/DIVULGAÇÃO/JC
O desemprego subiu no País, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgados pelo IBGE. A taxa ficou em 9% no trimestre encerrado em outubro. O resultado é o mais alto da série, iniciada em 2012. No mesmo período de 2014, o desemprego estava em 6,6%. Já o rendimento real ficou em R$ 1.895, 0,7% a menos do que no trimestre encerrado em julho.
O desemprego subiu no País, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgados pelo IBGE. A taxa ficou em 9% no trimestre encerrado em outubro. O resultado é o mais alto da série, iniciada em 2012. No mesmo período de 2014, o desemprego estava em 6,6%. Já o rendimento real ficou em R$ 1.895, 0,7% a menos do que no trimestre encerrado em julho.
Na comparação com o trimestre anterior, é a décima vez seguida que a taxa de desemprego cresce. Essa sequência de aceleração na desocupação de pessoas a partir dos 14 anos começou no trimestre encerrado em janeiro de 2014. De maio a julho do ano passado, a taxa da pesquisa - que inclui dados para todos os estados brasileiros - foi de 8,6%.
O resultado do trimestre encerrado outubro foi influenciado pelo forte aumento da população desocupada - ou seja, pessoas que estão em busca de emprego, mas não encontram. Esse grupo cresceu 5,3% (ou 455 mil pessoas) em relação ao trimestre encerrado em julho - último comparável, segundo a metodologia do IBGE -, alcançando a marca de 9,1 milhões de desempregados. Em relação ao mesmo trimestre de 2014, a alta foi de 38,3%, um acréscimo de 2,5 milhões de pessoas à fila do desemprego.
O aumento de 38,3% no número de desocupados frente ao ano anterior é o maior de toda a série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012. Segundo o gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, essa alta em outubro é incomum, considerando as variações sazonais normalmente observadas no mercado de trabalho. Normalmente, o desemprego cai no fim do ano, com a contratação de temporários. Isso não ocorreu no fim de 2015.
"Esse comportamento quebra essa sazonalidade. Normalmente, a desocupação sobe em janeiro e cai no fim do ano, em outubro. Se a sequência sazonal fosse seguida, a expectativa era que o número de desocupados caísse", afirma Azeredo. Enquanto a fila de desempregados cresceu em outubro, o número de ocupados ficou estável em 92,3 milhões de pessoas.
Entre os setores da economia, a piora mais intensa no mercado de trabalho foi observada na indústria. Em um ano, a queda no número de ocupados no segmento foi de 5,6%, o equivalente a 751 mil pessoas. Os setores de informação e atividades financeiras e de outros serviços registraram, ambos, recuo de 4% na comparação com o mesmo trimestre de 2014.
Os destaques positivos foram os segmentos de transporte, armazenamento e correio, com alta anual de 4,6%, e de alojamento e alimentação, que empregou 4,7% a mais que no trimestre encerrado em outubro de 2014.
Em comparação com o trimestre de maio a julho, o número de empregados no setor privado com carteira assinada apresentou um recuo de 1%. Na prática, são 359 mil pessoas a menos com carteira. Em comparação com o mesmo trimestre de 2014, a redução foi ainda maior: 3,2%, o que representa um total de 1,2 milhão de pessoas fora do mercado formal.
Se, por um lado, o número de pessoas com carteira assinada diminuiu, por outro, cresceu o de empregadores e trabalhadores autônomos. Em comparação com o trimestre de maio a julho, foram 5,7% a mais no mercado informal, um aumento de 4,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O rendimento médio real de todos os trabalhos foi de R$ 1.895, o mais baixo desde 2012, quando a média do mesmo trimestre foi de R$ 1.837. A inflação é um dos principais fatores que explicam essa queda.
Na comparação entre o trimestre encerrado em outubro e o mesmo período de 2014, o rendimento dos trabalhadores por conta própria foi o que mais caiu. A retração foi de 5,2%, para R$ 1.419.

Informalidade cresce e alcança 45,1% no 3º trimestre de 2015, diz Ipea

A taxa de informalidade no mercado de trabalho do País vem crescendo desde o segundo trimestre de 2014, segundo a nota técnica "Análise da dinâmica do emprego setorial de 2014 a 2015", divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) mostram que a taxa de informalidade vinha em tendência de queda até o segundo trimestre de 2014, quando atingiu 43,9%, mas passou a subir, alcançando 45,1% no terceiro trimestre de 2015, último dado disponível até o fechamento do estudo.
Já a taxa de transição de trabalhadores de empregos formais para empregos informais - que traz a informação de quantos trabalhadores migram do setor coberto por benefícios garantidos pela legislação trabalhista para o segmento desprotegido do mercado de trabalho - atingiu uma média de 7,5% entre o quarto trimestre de 2014 e o terceiro trimestre de 2015.
O setor que lidera o ranking é o de Serviços de Assistência Social sem Alojamento, com uma taxa de transição para a informalidade de 19,9%. O segmento foi seguido por construção e incorporação de edifícios (18,2%); atividades de prestação de serviços de informação (18,1%); outras atividades de serviços pessoais (18,1%); reparação e manutenção de equipamentos de informática e comunicação (17,1%) e pesca e aquicultura (14,3%).
A lista de setores que mais contribuíram para a média nacional de substituição do emprego formal pelo informal foi a de Comércio, Exceto de Veículos Automotores e Motocicletas. Houve influência também dos resultados de Construção e Incorporação de Edifícios e dos setores de Serviços Domésticos e de Agricultura, Pecuária, Caça e Serviços Relacionados.
"Além disso, vale notar que quase todos os setores que tiveram maior peso no fluxo de empregos do formal para o informal também contribuíram mais para a taxa total de desligamentos (com aumento no número de demissões) e para a taxa total de variação líquida de empregos (com recuo na variação líquida de empregos)", ressaltaram os autores Brunu Amorim e Carlos Henrique Corseuil, na nota técnica.

Desemprego é a 'grande preocupação do governo', afirma Dilma Rousseff

 Presidente Dilma Rousseff durante café da manhã com jornalistas do Palácio do Planalto. José Cruz - Agência Brasil

Presidente Dilma Rousseff durante café da manhã com jornalistas do Palácio do Planalto. José Cruz - Agência Brasil


JOSÉ CRUZ/ABR/JC
O índice de desemprego no Brasil é a "grande preocupação do governo" e, para reequilibrar as contas públicas, é preciso "ampliar impostos". Essa foi a avaliação feita pela presidente Dilma Rousseff na sexta-feira, em conversa com jornalistas no Palácio do Planalto.
"(A taxa de desemprego) é o que olhamos todos os dias, é o que mais nos preocupa e é aquilo que requer atenção do governo", disse a presidente. Diante desse cenário, afirma, o governo precisa adotar medidas "urgentes": "Reequilibrar o Brasil num quadro em que há queda de atividade implica necessariamente - a não ser que façamos uma fala demagógica - em ampliar impostos. Estou me referindo à CPMF". Para ela, a volta do chamado imposto do cheque "é fundamental para o País sair mais rápido da crise".